Coronavírus: Roupa e alimentos podem faltar nas lojas dos donos da Primark

Se os atrasos nas fábricas chinesas se prolongarem, a Associated British Foods antevê um risco de escassez de produtos alimentares e têxteis.

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Reuters/Lucas Jackson

A Associated British Foods (AB Foods), proprietária da Primark, alerta nesta segunda-feira para a possibilidade de haver um risco de escassez de produtos em algumas linhas, como a têxtil e a alimentar, por causa do coronavírus. Se os atrasos na produção na China se prolongarem, justifica.

A AB Foods, que produz uma grande variedade de produtos da China, quase 50% do que vende, revela que anualmente consegue manter os seus stocks cheios porque se antecipa ao Ano Novo Chinês, altura de festa e, por consequência, de menos produção. Portanto, avança a empresa que, a curto prazo, não espera um grande impacto provocado pela crise do coronavírus. 

No entanto, a empresa está já à procura de novos fornecedores noutros países da região para fazer face à possibilidade de a crise provocada pelo COVID-19 se prolongar. Além da roupa e acessórios, o grupo vende produtos alimentares, como açúcar. Por exemplo, explica em comunicado, a campanha de açúcar na China foi concluída em Janeiro, antes que o surto de coronavírus se desenvolvesse significativamente.

O grupo refere ainda que as suas fábricas da AB Mauri, AB Agri e Ovaltine continuam a operar, mas com capacidade de produção reduzida devido a restrições logísticas e também de trabalhadores.

Para já, a AB Foods prevê que, neste primeiro semestre, as vendas e os seus resultados sejam semelhantes aos do ano passado. Assim como prevê que as vendas da Primark aumentem 4,2%.

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