Holocausto: “Tenho de falar, porque está a começar de novo”

Sobrevivente da Orquestra Feminina de Auschwitz está em Portugal, a convite da Escola Alemã de Lisboa. Com 95 anos, Esther Bejarano diz que, após o final da guerra, esteve muito tempo sem conseguir falar do que viveu, mas agora não consegue ficar calada. Ter sido escolhida para a orquestra salvou-lhe a vida.

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Esther Bejarano

O corpo pequeno e franzino de Esther Bejarano encolhe-se quando a porta do hotel se abre e deixa entrar o vento gelado que esta terça-feira varreu Lisboa. “A cidade é muito bonita, mas está muito frio”, lamenta-se, antes de enfiar um gorro que não chega para cobrir os cabelos curtos e completamente brancos. Aos 95 anos, a alemã viajou até à capital portuguesa a convite da Escola Alemã de Lisboa, para contar aos seus alunos, e a quem mais quis estar no auditório do estabelecimento de ensino, o que foi passar uma parte da sua vida no campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, que os nazis alemães instalaram na Polónia, durante a II Guerra Mundial. E insistiu que é preciso continuar a falar, porque o mundo de hoje a assusta. 

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