As imagens do inferno

São as únicas imagens conhecidas do momento em que os prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau são encaminhados para as câmaras de gás e depois incinerados. Há décadas que dão polémica, entre quem defende a sua divulgação e quem está contra.

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A questão do testemunho e das representações do que se passou no interior dos campos de extermínio e de concentração que o regime nazi concebeu como um empreendimento de execução tecno-industrial da “solução final” é certamente o capítulo mais polémico da historiografia e da memória do Holocausto. Os primeiros testemunhos escritos dos sobreviventes defrontaram-se com a incredulidade, com a percepção de que eram inverosímeis. Primo Levi, que se tornou a testemunha “por excelência” (assim o classifica Giorgio Agamben) teve de esperar 11 anos para que a Einaudi publicasse em edição revista e aumentada do seu Se Isto É um Homem, que tinha saído numa pequena editora de Turim, em 1947, com uma tiragem de 1500 exemplares.

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