Os cinco candidatos ao lugar que Assunção Cristas deixa vago

Dos três nomes que estão em melhores condições de conquistarem o congresso só João Almeida é deputado. Filipe Lobo d’Ávila foi crítico da direcção de Assunção Cristas e Francisco Rodrigues dos Santos é o mais jovem de todos os candidatos.

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Cristas demitiu-se na sequência das legislativas e há cinco candidatos ao seu cargo Adriano Miranda

João Almeida

É deputado (o único que tem assento parlamentar entre os candidatos) e porta-voz da direcção cessante. Com 43 anos, o ex-secretário-geral na liderança de Paulo Portas tem muitos apoios na equipa de Assunção Cristas. É o caso de Cecília Meireles, vice-presidente, e de Adolfo Mesquita Nunes (que foi coordenador do programa eleitoral e vice-presidente de Cristas até há um ano), mas também do ex-líder da bancada Nuno Magalhães e de Diogo Feio, director do gabinete de estudos do CDS nos últimos anos.

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Filipe Lobo d’Ávila

O antigo secretário de Estado da Administração Interna (que antecedeu João Almeida no cargo no Governo PSD/CDS entre 2011 e 2015) afastou-se do Parlamento há dois anos em divergência com a líder Assunção Cristas, assumindo críticas à direcção cessante. Ao seu lado tem João Rebelo, que foi deputado nos últimos 20 anos e que é próximo de Paulo Portas. Com 45 anos, o candidato é também a escolha de Luís Nobre Guedes para liderar o partido.

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Francisco Rodrigues dos Santos

Com 31 anos, o líder da Juventude Popular conquistou o apoio de uma figura ligada ao CDS, António Bagão Félix, que foi ministro por duas vezes indicado por Paulo Portas. No CDS tem ao seu lado o líder da distrital do Porto, Fernando Barbosa (mas não a dirigente da concelhia Isabel Meneres, que está com Lobo d’Ávila) e conquistou também o apoio de Filipe Anacoreta Correia, que pertenceu à comissão executiva cessante. Visto como um conservador dentro do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos defende a família como célula fundamental da sociedade.

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Abel Matos Santos

Abel Matos Santos, porta-voz da corrente interna Tendência Esperança em Movimento, foi uma voz crítica da liderança de Assunção Cristas ao mesmo tempo que se empenhou no regresso do antigo líder Manuel Monteiro ao partido. Psicólogo clínico de profissão, Matos Santos é visto como representante de uma ala mais conservadora do CDS (é defensor da revogação da lei do aborto) e sustenta que o partido deve fazer uma ruptura com os últimos 25 anos.

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Carlos Meira

Militante do CDS de Viana do Castelo, Carlos Meira apresenta-se como um candidato que se opõe frontalmente à continuidade no partido que considera ser protagonizada por João Almeida. Nos dois debates entre os candidatos, o empresário do sector agrícola ficou conhecido por dizer frases polémicas ao comparar o CDS a uma “vaca leiteira” ou defender que o partido precisa de ser “limpo” com “baldes de lixívia”.

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