Pedro Proença solicita reunião de urgência ao ministro da Administração Interna

Adeptos “leoninos” interromperam a partida por várias vezes com o lançamento de tochas para o relvado.

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Os adeptos do Sporting causaram a paragem forçada do jogo com o Benfica por causa de tochas lançadas para o relvado Reuters/RAFAEL MARCHANTE

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, solicitou nesta sexta-feira uma reunião de urgência ao ministro da Administração Interna, na sequência dos incidentes no encontro entre Sporting e Benfica, da 17.ª jornada da I Liga.

“A Liga Portugal lamenta profundamente o sucedido esta noite, no Estádio de Alvalade, sendo situações como esta, que têm sido uma constante nas últimas semanas nos nossos estádios, que mostram que uma pequena franja de adeptos estraga um espectáculo destinado a todos e prejudica os verdadeiros protagonistas, que são os jogadores”, escreveu a LPFP, em comunicado.

No Estádio José Alvalade, em Lisboa, onde o Benfica venceu por 2-0, com dois golos de Rafa, solidificando a liderança do campeonato, o jogo esteve mais de cinco minutos interrompido no início da segunda parte, devido ao arremesso de artefactos pirotécnicos para o relvado pelos adeptos dos “leões”.

Face a mais este episódio, a Liga “exige que as revistas feitas aos adeptos na entrada para os estádios sejam mais rigorosas e eficazes, de forma a acabar, definitivamente, com a entrada de objectos perigosos e proibidos nos recintos desportivos”.

Três adeptos foram impedidos de ver o jogo

Nas últimas semanas, registaram-se este tipo de incidentes com alguma frequência nos recintos desportivos portugueses. No dia 4 de Janeiro, na partida entre V. Guimarães e Benfica, o jogo foi interrompido por quatro ocasiões devido ao mau comportamento dos adeptos nas bancadas. Os vitorianos arremessaram cadeiras em direcção aos adeptos benfiquistas, enquanto os “encarnados” arremessaram tochas para o relvado.

No mesmo fim-de-semana, na partida entre Sporting e FC Porto em Alvalade, grupos organizados de adeptos dos “leões”, em protesto contra a direcção de Frederico Varandas, lançaram potes de fumo e tochas para o relvado, obrigando à intervenção das equipas de segurança no estádio.

Estes incidentes colocaram mais pressão na Autoridade para Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD), criada após o ataque à Academia de Alcochete. Fonte desta autoridade adiantou ao PÚBLICO que, na sequência destes incidentes, foram redobrados esforços na interdição dos adeptos mais problemáticos, avançando que três adeptos das claques “leoninas” e “encarnadas” foram proibidos de entrar esta sexta-feira no Estádio José Alvalade.

Um dos adeptos dos “leões”, inclusive, foi ligado aos incidentes registados com pirotecnia na partida frente ao FC Porto. Os adeptos benfiquistas também estiveram envolvidos em incidentes com estes artefactos, mas, adianta a mesma fonte, não foram identificados na partida frente ao V. Guimarães, que continua a ser investigada pelas autoridades e motivou um processo disciplinar a ambos os clubes. Com Lusa

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