Onde comer em 2020? No Porto, aconselha site de culto dos foodies do mundo

O influente Eater, seguido por milhões, publicou o seu top 19 e incluiu o Porto, declarado uma das “cidades gastronómicas mais dinâmicas do mundo neste momento”, entre chefes inovadores e as “surpreendentes” tascas.

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Casa Guedes - a sandes de pernil não falta na lista Nelson Garrido
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A francesinha não podia faltar: a da Cufra surge na lista DR
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A Casa de Chá da Boa Nova de Rui Paula é um dos restaurantes de topo em destaque (é o n.º 1 da lista) Ricardo Castelo \ NFACTOS
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Euskalduna, com o chef Vasco Coelho Santos (2º à direita) em destaque no top Nelson Garrido
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A Esquina do Avesso está no top Paulo Pimenta
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O Monument, do hotel Monumental Palace Nelson Garrido
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A lista tem espaço também para uma tasca japonesa do Porto, o Nambam Nelson Garrido
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E para o café Bird of Passage Nelson Garrido
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Os cachorrinhos do Gazela não faltam, tanto na velha como na nova cervejaria Nelson Garrido
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O pão artesanal da padaria Masseira é uma das especialidades obrigatórias na lista. nelson garrido

De Marraquexe ao Kosovo, de Marselha à East Village de Nova Iorque, a Eater, vertente gastronómica de culto da influente Vox Media e com impacto mundial a partir dos EUA, Canadá ou Inglaterra, publicou a sua lista de destinos à volta do mundo para viajar em nome da arte de bem comer. O Porto – com saltos a Leça, Matosinhos e Gaia – surge como uma das 19 sugestões “vitais” para os foodies, termo inglês que se tornou código internacional para os amantes da boa comida.

Sublinhando que “estudos recentes têm demonstrado que uma maioria dos viajantes dão primazia à comida quando planeiam uma viagem, a Eater (que só no Facebook é seguida por mais de 2,5 milhões de pessoas e no Instagram por mais de 1,2 milhões) destaca que esta é a sua primeira lista de sempre das “cidades gastronómicas mais dinâmicas do mundo neste momento” e que quer ir para além dos mais óbvios bistrots de Paris, izakayas de Tóquio ou bancas de shawarma de Telavive.

“Irmã igualmente charmosa de Lisboa”, escreve-se no destaque à cidade do Porto (por vezes “esquecida”, em detrimento da capital, por alguns turistas, é, sublinha-se, “cosmopolita por definição, amigável por herança, e a viver o seu melhor momento gastronómico”. 

“Aqui, chefes locais estão a cozinhar comida tradicional com um refinamento recém-descoberto”, assegura-se, salientando que estão a conseguir dar uma volta de “frescura” a pratos que “durante décadas eram considerados demasiado pesados”. 

O lado cosmopolita que se destacava é sustentado no facto de profissionais de restauração de todo o mundo terem assentado arraiais no Porto, “atraídos pelo seu ambiente nostálgico e beleza de tirar o fôlego”. É uma “terceira vaga” de cafés, pastelarias, pizarias e outros conceitos que apostam na qualidade. Mas a cereja no topo do bolo vem no fim do texto: "São as tascas tradicionais, com refeições a 10 euros, que surpreendem a cada passo".

Como não podia deixar de ser, o selo de “obrigatório provar” é dado à francesinha, cada vez mais internacional

O destaque ao Porto, assinado pelo jornalista de gastronomia Rafael Tonon no especial Where to eat in 2020, complementa-se com uma lista substancial: 34 “restaurantes essenciais”. Aqui, passa-se pelo Mercado de Matosinhos, Cufra, Casa Guedes ou Gazela; o recém-aberto Esporão no Porto e a igualmente recente Tasca Vasco, Esquina do Avesso, O Gaveto, Paparico, Apego, Cozinha do Manel e Pizzaria de António Mezzero, mas também pelo Euskalduna, Yeatman, Pedro Limão, Le Monument (do hotel Monumental Palace) ou os cafés Namban e Bird of Passage, e a padaria Masseira, entre outros. A lista, aliás, começa em Leça da Palmeira, com o restaurante que este ano a Michelin elevou a duas estrelas: a Casa de Chá da Boa Nova, do chef Rui Paula, que, nem de propósito, dizia à Fugas, há já uma década, uma frase contundente que remata na perfeição este artigo, como se uma boa sobremesa se tratasse: "Viajar é comer, ponto final".

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