Pelo menos sete pessoas morreram nesta quinta-feira no Leste da Turquia no naufrágio de um barco que transportava migrantes no Lago de Vã, informou o governo da província turca em comunicado.

As equipas de resgate conseguiram salvar 64 pessoas vindas do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh, que foram transferidas para vários hospitais da região, pode ler-se na mesma nota. Cinco pessoas foram dadas como mortas no local e duas outras morreram já no hospital. 

O Lago de Vã fica próximo da fronteira com o Irão, uma zona normalmente percorrida pelos migrantes que têm como objectivo chegar à Europa, mas não era claro por que é que os migrantes terão escolhido esta rota e não foram por terra. 

O barco seguia para a província de Bitlis e o acidente ocorreu pelas 3h (00h em Portugal Continental).​ As equipas de resgate, com mergulhadores, continuavam esta manhã a realizar as operações de busca.

A Turquia é um ponto de passagem frequente para pessoas que fazem trajectos longos e perigosos para fugir da guerra na Síria ou Afeganistão para tentar chegar à Europa pedir asilo, e acolhe, lembra a emissora britânica BBC, 3,7 milhões de refugiados sírios: é o país que mais recebeu estes refugiados do mundo.

Segundo a agência turca Andalou, as forças de segurança turcas detiveram 441 mil migrantes sem documentos no seu território.

A Turquia tem um acordo com a União Europeia para tentar impedir que a maior parte dos refugiados e migrantes façam a viagem da costa turca para as ilhas gregas, mas um relatório confidencial da União Europeia citado pelos media alemães indicava que o número de partidas da Turquia aumentou muito este ano, com a maioria das pessoas a serem de origem afegã.

Os campos de refugiados das cinco ilhas gregas perto da Turquia, que há muito têm um problema de sobrelotação, estão com 41989 pessoas. O maior campo, Moria, na ilha de Lesbos, com lotação para 3 mil pessoas, tem actualmente mais de 18 mil pessoas.