Sócrates: o dia em que “o menino de ouro” caiu

O ex-primeiro-ministro não podia adivinhar que aquela noite seria a primeira de muitas atrás das grades. Foram dez meses de cativeiro, a maioria deles passados na cadeia de Évora, a que se somam mais 42 em prisão domiciliária.

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daniel rocha

Passam poucos minutos das 22h30 do dia 21 de Novembro de 2014 quando o último passageiro sai do avião da Air France que acabou de aterrar em Lisboa. O ex-primeiro-ministro José Sócrates ainda liga a um amigo, mas interrompe a chamada assim que entra na manga e vê algumas pessoas paradas à sua espera. “Um polícia tira-lhe de forma cordial o telemóvel, outro agente dá-lhe ordem de detenção e o inspector tributário Paulo Silva passa-lhe para as mãos o mandado de detenção. O ex-governante abandona a manga por uma escada de segurança que o conduz à zona de circulação interna do aeroporto, onde já o aguarda uma viatura” que o levará para ser interrogado pelas autoridades, descrevem as jornalistas Inês David Bastos e Raquel Lito na biografia que escreveram sobre o juiz Carlos Alexandre. Antes de ser levado para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Sócrates ainda pede para fumar um cigarro.

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