Prótoiro diz que aumento do IVA nas touradas é “um atentado à cultura e um assalto fiscal”

Manuel Alegre também já veio a público criticar medida que consta da versão preliminar do Orçamento do Estado para 2020.

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Nelson Garrido

A associação Prótoiro, que congrega todos os intervenientes de defesa das touradas, considera que, a confirmar-se, o aumento do IVA para as touradas da taxa mínima para a máxima (de 6% para 23%) trata-se de um “atentado à cultura e um assalto fiscal”.

“É uma medida que viola o principio da igualdade e é culturalmente discriminatória. Um verdadeiro acto censório e que o PS cede a grupos extremistas como o PAN e o BE”, afirmou ao PÚBLICO Hélder Milheiro, secretário-geral da Prótoiro, referindo-se à medida que consta no Orçamento do Estado de 2020.

Para este responsável a medida, a ser confirmada na versão final do Orçamento do Estado para 2020, “terá graves consequência para o sector e para a economia.” “Lamentamos profundamente este atentado à liberdade e aos direitos culturais, mas não vamos ficar parados. Vamos combater esta injustiça”, acrescentou.

“O Governo não quer saber verdadeiramente do tema do IVA. A agenda oculta é tentar proibir a tauromaquia, mas não há coragem política de o admitir e por isso tenta-se inventar questões como esta ou das crianças nas touradas”, salientou.

Quem também já veio a público criticar esta medida foi o histórico socialista Manuel Alegre. “Trata-se de impor uma ditadura de algum modo e eu sou contra todo o tipo de ditaduras, estou sempre a favor da liberdade. O PS, ao estar do lado do PAN e do BE, não está do lado da cultura e de uma tradição nacional e ibérica”, afirmou ao Expresso.

“Cada vez mais o PS está num casulo e foca-se nestas questões em vez de problemas concretos. Com medidas como esta, o PS faz um favor à extrema-direita. Na minha opinião, é um enorme erro político esta medida”, acrescentou.

Notícia actualizada com a versão final da proposta do Orçamento do Estado para 2020

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