Johnson respondeu melhor às “ansiedades da classe trabalhadora” do que Corbyn

José Pedro Teixeira Fernandes, investigador do IPRI-Universidade Nova de Lisboa, diz que a estratégia do líder trabalhista de tirar o foco do ‘Brexit’ e abordar outros temas não deu frutos. Corbyn apostou numa estratégia à anos 70 e falhou.

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O Partido Trabalhista teve uma posição ambígua sobre o 'Brexit' e isso prejudicou-o nas urnas Reuters/HENRY NICHOLLS

O Partido Trabalhista sofreu a maior derrota eleitoral dos últimos 84 anos, desde 1935, e o seu líder, Jeremy Corbyn, já abriu a corrida à sucessão ao dizer que não será ele a conduzir o partido nas próximas eleições. Neste “período de reflexão”, como Corbyn lhe chamou, já se começam a analisar as razões que levaram à derrota trabalhista. José Pedro Teixeira Fernandes, investigador do IPRI-Universidade Nova de Lisboa, diz que o líder trabalhista cometeu o erro de se focar em temas para além do ‘Brexit’, tentando repetir a estratégia das eleições de 2017. Um erro que a oposição interna não lhe vai perdoar na disputa da liderança que pode virar o partido ao centro: “Corbyn sempre lutou contra uma oposição interna, mais ao centro e próxima de Tony Blair, e que, não estando satisfeita com os resultados, verá aqui uma oportunidade para disputar a liderança”. 

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