Até onde irá a revolução do Papa Francisco?

Pôs a Igreja a discutir a homossexualidade, o aborto, o fim do celibato, a ordenação de mulheres, criticou o carreirismo eclesial, a “economia que mata”, forçou o clero a encarar os abusos sexuais. Ao fim de oito anos de pontificado, porém, o Papa Francisco não mexeu na doutrina da Igreja. Será agora? Este é o quarto trabalho da série 20 Dias Que Marcaram a Década.

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Vatican Media/Handout via REUTERS

Foi capa da Time e da Rolling Stone, alimentou quilómetros de notícias por, já na qualidade de Papa, se ter escapulido do Vaticano para comprar óculos e sapatos, por ter trocado a limusina por um carro utilitário, por ter renunciado ao luxuoso apartamento papal para residir com os funcionários da Santa Sé na Casa de Santa Marta. O argentino Jorge Mario Bergoglio é, quase oito anos depois de ter sido eleito Papa, um dos maiores ícones políticos da actualidade. E o mínimo que dele se pode dizer é que, mesmo que não consiga mudar o mundo, está seguramente a reinventar a Igreja Católica, implodindo o conservadorismo de milénios e chamando para a mesa discussões tidas como impossíveis, das excepções ao celibato à ordenação de mulheres, passando pelos divórcios e pela homossexualidade.

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