CDS questiona ministra da Saúde sobre mortalidade materna

Morreram 17 mulheres em 2018 por complicações na gravidez, parto e pós-parto.

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O CDS quetionou o Governo sobre dados da mortalidade materna Nuno Ferreira Santos

O CDS enviou três perguntas à ministra da Saúde, Marta Temido, a propósito dos dados mais recentes sobre a mortalidade na gravidez, parto e pós-parto, noticiados pelo PÚBLICO esta sexta-feira. Em 2018, morreram em Portugal 17 mulheres por complicações nesses períodos, o que faz com que a taxa de mortalidade materna tenha subido de 10,4 para 19,5 mortes por cada cem mil nascimentos.

Na pergunta enviada dia 25 de Novembro, O CDS quer saber se o Ministério da Saúde confirma os dados que revelam um “aumento sucessivo da taxa de mortalidade materna nos últimos quatro anos”. Outra questão dos centristas tem como objectivo saber que problemas estão identificados pela tutela que “justifiquem este aumento”. O CDS questiona ainda que medidas têm sido tomadas para reduzir ou conter o “aumento preocupante da taxa de mortalidade materna”. O documento é assinado pela deputada Ana Rita Bessa.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística demonstram que apenas três das mulheres que morreram nestas circunstâncias estão na faixa etária dos 40 aos 44 anos. Houve cinco mortes entre mulheres na faixa dos 25 e 29 anos e outras cinco entre os 30 e os 34. As restantes quatro mulheres tinham idades compreendidas entre os 35 e os 39 anos.

Ao PÚBLICO, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, manifestou preocupação. “É um número elevado e há um aumento do número de casos que tem de ser valorizado. Estamos a fazer um esforço para perceber o que aconteceu. Se isto é um valor padrão, ou se veio para ficar. Estamos preocupados, obviamente.”

Texto editado por São José Almeida

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