A Hungria não vai à Eurovisão em 2020 e a culpa é da “cultura gay”

Segundo o The Guardian, a retirada poderá estar ligada à cada vez maior “retórica anti-LGBTQ+” do governo de Viktor Órban.

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A Hungria não vai participar na edição de 2020 do Festival Eurovisão da Canção Reuters/PEDRO NUNES

A Hungria, que concorre ao Festival Eurovisão da Canção desde 1994, não vai estar representada na edição de 2020 do concurso. A notícia já tinha sido dada há umas semanas por sites húngaros como o Hungary Today, mas chegou esta quarta-feira à imprensa britânica, com o jornal The Guardian a especular, citando uma fonte da estação de televisão pública húngara, a MTVA, que o carácter cada vez mais homofóbico do governo de extrema-direita de Viktor Órban e à sua “retórica anti-LGBTQ+” que tem feito campanhas para dar primazia às famílias, será responsável pelo afastamento, tendo em conta a ligação antiga entre a Eurovisão e a comunidade gay.

Segundo o Hungary Today, que lembra que o país nunca ganhou a competição, já no final do mês de Outubro se tinha noticiado que o concurso para apurar a canção candidata à Eurovisão tinha decidido premiar só o maior êxito húngaro do ano. No ano passado, a representante húngara foi Az én apám, interpretada por Joci Pápai, que não chegou à final.

O Festival Eurovisão da Canção de 2020 vai decorrer de 12 a 16 de Maio em Roterdão, na Holanda, depois de Duncan Laurence e a sua Arcade terem ganho no ano passado. Como anunciado pela organização a 14 de Novembro, vão ser 41 os países representados nesta 65.ª edição. Em relação ao ano passado, só a Hungria e o Montenegro ficam de fora, regressando ao certame a Bulgária e a Ucrânia.

A canção que vai representar Portugal, sucessora de Telemóveis, de Conan Osiris, será escolhida entre Fevereiro, altura das semi-finais do Festival da Canção, e 7 de Março, data da final. Entre os compositores deste ano, anunciados a 6 de Novembro, contam-se nomes como Dino D'Santiago, Jimmy P, Pedro Jóia, Throes + The Shine, Filipe Sambado ou Marta Carvalho.

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