As encruzilhadas da moda sustentável

Na esteira da luta contra as alterações climáticas, também a moda começa a posicionar-se no caminho da sustentabilidade. Mas pode o apelo ao consumo desenfreado continuar - estimulado pela Black Friday, pelos saldos e promoções - quando o discurso é o de diminuir os impactos ambientais e sociais da indústria?

Foto
Francisco Romão Pereira

À excepção das botas, tudo o que Gonçalo Silva traz vestido foi comprado em lojas de segunda mão. Há um ano que deixou de comer carne, evita os plásticos. Já Maria Monteiro confessa ter armários cheios de roupa. Chegou a ter uns 15 calções praticamente todos iguais, mas de cores diferentes e parece-lhe demasiado difícil um dia renunciar por completo à fast fashion, ainda que já se tenha apercebido de que está “a alimentar uma série de comportamentos com os quais não se identifica”, como más condições de trabalho ou o desperdício de roupa. É por isso que Raquel Santos e Carolina Duran passaram a evitar os centros comerciais. Sentem-se culpadas de cada vez que cedem à tentação da roupa bonita e barata das grandes marcas.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar