“Não há qualquer perversidade” nas promoções da Black Friday, diz a Confederação do Comércio

Vieira Lopes admite haver “uma substituição de aquisição de bens por utilização de serviços” mas refere que as promoções são uma actividade normal e mutuamente benéfica.

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João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio de Portugal ENRIC VIVES-RUBIO

As declarações do ministro do Ambiente e da Acção Climática em relação à Black Friday, quando se referiu às promoções comerciais como “o expoente máximo e negativo de uma sociedade capitalista”, foram recebidas com desagrado pelo sector do comércio.

João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio de Portugal (CCP) referiu, numa nota de imprensa enviada ao PÚBLICO esta terça-feira, que a confederação não vislumbra “qualquer perversidade numa relação entre empresas e consumidores que se nos afigura mutuamente benéfica”.

“A CCP apenas faz notar que esta é uma iniciativa entre muitas, ao longo do ano, na área das promoções”, refere Vieira Lopes na sua nota, lembrando que “as promoções são hoje uma actividade normal e mesmo constante em todos os sectores de bens e serviços dirigidos ao utilizador final”.

A Confederação do Comércio reconhece, no entanto, a “evolução do consumo para uma substituição de aquisição de bens por utilização de serviços, nomeadamente os partilhados”, invocada pelo ministro.

Mas também aí refere que esta tendência está a ser bem trabalhada pelos comerciantes. “As empresas souberam responder a esse novo paradigma, com iniciativas cada vez mais atractivas para os consumidores e, simultaneamente, como uma forma de dinamizar as vendas”, argumenta Vieira Lopes.

De acordo com o presidente da Confederação do Comercio, iniciativas como a Black Friday resultam “justamente de um novo paradigma do consumidor/utilizador, que procura de forma racional as melhores oportunidades para satisfazer as suas necessidades”.

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