E aí vão três: mais um ano grande para o Porto Vintage

O Vintage de 2015 foi injustamente ignorado porque na calha já estava o soberbo 2016; e este teve mesmo de ser assumido quando se sabia que em 2017 viria mais uma colheita memorável. Três anos, um grande vinho e dois vinhos estratosféricos. Será este o novo normal do velho Porto?

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Adriano Miranda

Nas tardes tórridas de Setembro de 2017, quando a vindima no Douro ainda estava no auge, o enólogo David Guimaraens olhava para o mosto nos lagares de granito, avaliava os seus aromas e previa que ali estava a germinar um Porto Vintage “muito parecido com os de 1945 e de 1863”. David podia dar-se ao luxo de uma tal previsão porque carrega a memória de um século de vindimas no Douro herdada dos seus ascendentes. Mas, principalmente, porque naquele ano a natureza estava a ser prodigiosa: a chuva tinha sido escassa e aparecera nos momentos cruciais do ciclo da videira, o calor fora pródigo e a produção global do Douro, uns 20% abaixo da média da década, ajustada. Quando a vindima começou, e, no caso das empresas do grupo Symington, foi a que começou mais cedo nos últimos 137 anos, já se suspeitava que o vinho do Porto estava a assistir ao nascimento de mais um dos seus grandes vintages.

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