Festival Fora do Lugar leva música antiga às aldeias de Idanha

A 8.ª edição do Fora do Lugar, festival internacional de músicas antigas, começa esta sexta-feira no município de Idanha-a-Nova.

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Karoliina Kantelinen, uma das últimas representantes do canto tradicional carélico dr

É esta sexta-feira que tem início, em Idanha-a-Nova, a oitava edição do Fora do Lugar, o Festival Internacional de Músicas Antigas, que se irá prolongar até 7 de Dezembro. Com direcção artística de Filipe Faria e resultado da parceria entre a Arte das Musas e o município de Idanha-a-Nova, o evento põe em diálogo diferentes formas e tempos em torno das músicas antigas, e aborda os diálogos decorrentes dos conceitos binómios de erudito e popular e antigo e contemporâneo.

Na programação principal, esta sexta-feira, em Idanha-a-Velha, será possível ver o projecto Alternative History, liderado pelo tenor inglês John Potter, que nos leva a um universo paralelo, com a música dos compositores renascentistas Dowland e Campion em diálogo com música escrita especialmente para o consort por músicos rock como John Paul Jones (Led Zeppelin), Tony Banks (Genesis) ou Sting. Da Finlândia virá Karoliina Kantelinen, uma das últimas representantes do canto tradicional carélico. Este sábado, no Ladoeiro, Karoliina leva o seu canto étnico a um espaço invulgar, um hangar agrícola em funcionamento. O festival visita ainda a aldeia de Toulões no dia 29 e leva o virtuosismo do Ensemble Allettamento, de Mario Braña Gómez e Elsa Pidre Carballa, a uma viagem através da música dos séculos XVI e XVII. A 30, os Milo Ke Mandarini Quartet (Espanha, Grécia) trazem a música mediterrânea à Noite Cheia do Festival (com exposições, concertos, gastronomia e cinema documental) a partir das 20h30.

O último fim-de-semana, já em Dezembro, começa com o Concerto Campestre (Portugal), no dia 6, em Segura, que faz uma festa à volta das danças, folias, chacones, passacailles e outros ostinatos inspirados nas Festas do Rei Sol, Luís XIV e fecha, no dia 7, novamente em Idanha-a-Velha, com a cantora e tocadora de oud, Waed Bouhassoun (Síria), que descreve a sua música, muito ligada às suas raízes, como expressão da sua própria identidade. O Festival promove ainda um conjunto alargado de actividades paralelas como um concerto secreto.

No total são cerca de 28 actividades entre workshops com os músicos convidados, um programa educativo de música e corpo, caminhadas na natureza, cinema documental, fotografia, arte sonora ou exposições. A entrada em todos os concertos é gratuita. Nas restantes actividades é necessária inscrição prévia através dos contactos do Festival. 

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