O hímen continua a ser importante?

O dever de sangrar “na primeira vez”, os exames à virgindade ou a himenoplastia continuam a ser uma realidade. Destrinçar entre o que é científico sobre esta membrana vaginal e os mitos que a contornam faz-se a par e passo com a explicação da vida sexual.

Foto
Miguel Feraso Cabral

O hímen continua a ser encarado como um sinal de pureza, de castidade. É assim em muitos países, onde perdura o mito de que uma mulher perde a virgindade quando o hímen é “rompido” e provoca o sangue que tinge o lençol branco. Esta membrana vaginal, praticamente sem função biológica, ainda é considerada um sufoco para a vida das mulheres: muitas são violentadas, enxovalhadas e excluídas por não sangrarem na noite de núpcias e tantas outras continuam a ser submetidas aos “testes de virgindade”, em que se verifica se o hímen está intacto, antes do casamento. Acontece em países como Afeganistão, Egipto, Irão, Palestina, Jordânia, Turquia, Índia, Indonésia, África do Sul ou Brasil. Aliás, a violência destes exames foi considerada um factor no número elevado de suicídios de jovens turcas. Outras optam por fazer himenoplastias, na procura de evitar problemas.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 7 comentários