Olga Roriz procura a salvação do mundo na dança

Autópsia, de 1 a 3 de Novembro no São Luiz, é a peça com que a coreógrafa visita paisagens do planeta para tomar as dores do mundo e procurar um lugar de paz.

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Paulo Pimenta

Em 2013, Olga Roriz aproveitou o pretexto do centenário desse magnético marco na música e na dança do século XX —  daqueles momentos dos quais se diz haver um antes e um depois —   que foi a colaboração entre Stravinsky e Nijinsky na criação de A Sagração da Primavera, e revisitou esse legado por achar que a peça que tinha criado em 2010, para a sua companhia, deixara algo por dizer. E fê-lo, então, sob a forma de solo. Depois da intensidade com que  se entregava a esse solo, seria obrigada a parar por ordens médicas. Talvez, precisamente, porque sempre dançou no limite do corpo, exigindo-lhe uma expressividade que, por vezes, ultrapassava aquilo que a fisicalidade estava preparada para lhe oferecer. E parou então de dançar, cumprindo-se em exclusivo como coreógrafa. “Para uma bailarina que dança durante tanto tempo quanto eu dancei, e que aos 59 anos ainda estava a fazer o solo da Sagração”, recorda agora ao Ípsilon, “este corte radical só pode influenciar.”

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