Emergência climática: BE propõe comissão para fiscalizar roteiro da neutralidade carbónica

Objectivos da neutralidade carbónica devem ser fiscalizados pelo Parlamento. Decisão vai ser tomada pelos partidos

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LUSA/ATEF SAFADI

Portugal poderá vir a ter, em breve, uma comissão especial para acompanhar o roteiro da Neutralidade Carbónica e a Emergência Climática, se a proposta que o Bloco de Esquerda apresenta esta segunda-feira for aprovada.

O partido de Catarina Martins pretende que essa comissão seja constituída na Assembleia da República para “melhor acompanhamento e fiscalização a um dos desafios mais importantes que enfrentamos”.

“As alterações climáticas e o aquecimento global são hoje dos principais desafios a que a humanidade tem de responder. O tempo para impedir que o aquecimento global se torne irreversível está a esgotar-se rapidamente e as consequências serão devastadoras se não alcançarmos esse objectivo”, escreve o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, numa carta dirigida aos presidentes da Assembleia da República e de todos os grupos parlamentares, a que o PÚBLICO teve acesso. “O aumento do nível médio da água do mar, o caos climático com longos períodos de seca e a enorme instabilidade com a multiplicação de fenómenos meteorológicos extremos são ameaças para todo o planeta. Portugal, segundo diversos estudos, será dos países europeus que mais sofrerá com o aquecimento global”, sublinha.

A Assembleia da República já tem uma Comissão de Ambiente (é uma das várias comissões fixas em todas as legislaturas) mas o BE considera que a nova comissão teria um carácter “mais transversal”. Seria a Comissão Eventual de Acompanhamento do Roteiro para a Neutralidade Carbónica e da resposta à Emergência Climática.

Portugal foi um dos signatários do Acordo de Paris e comprometeu-se alcançar a neutralidade carbónica em 2050.

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