Robert De Niro acusado de assédio e discriminação por ex-funcionária da sua produtora

Graham Chase Robinson, de 25 anos, exige ao actor uma indemnização de 12 milhões de dólares, o dobro da que De Niro tinha pedido em Agosto, após a demissão da sua colaboradora.

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Robert De Niro Mario Anzuoni/ REUTERS

No passado mês de Agosto, Robert De Niro interpôs uma acção num tribunal de Nova Iorque contra uma funcionária da sua empresa produtora, a Canal Productions, exigindo uma indemnização de seis milhões de dólares (cerca de 5,5 milhões de euros) por desvio de dinheiro e ocupação de tempo de trabalho a ver compulsivamente televisão. Agora, Graham Chase Robinson, 25 anos, sub-directora da Canal Produtions de onde se despedira em Abril, contra-atacou movendo também uma acção contra o actor de Joker e O Irlandês e exigindo 12 milhões de dólares de indemnização.

Na queixa apresentada também num tribunal federal de Nova Iorque, citada esta quinta-feira pela revista Variety, Graham Chase Robinson acusa De Niro de usar uma linguagem sexista e agressiva e de se lhe referir como a sua “mulher no escritório” (“office wife”), atribuindo-lhe trabalhos de carácter doméstico, como coçar as costas, apertar as camisas ou fazer o nó da gravata. Mas há também referências a comportamentos desrespeitosos e de índole sexual, além de brincadeiras sobre o uso de Viagra ou a formas de ela engravidar.

A ex-colaboradora do actor acusa-o, por outro lado, de estar habituado a velhos costumes, e de lhe pagar um salário inferior ao que pagava aos homens na empresa. “[Robert De Niro] é alguém que não aceita a ideia de que os homens devem tratar as mulheres como iguais. Ele não se importa com que a discriminação de género no local de trabalho viole a lei”, pode ler-se no texto da acusação, que apresenta Graham Chase Robinson como uma vítima dessa atitude”.

Na acção interposta no Verão contra a ex-funcionária da sua empresa, De Niro divulgava que ela recebia um salário de 300 mil dólares/ano, e acusava-a de desviar milhares de dólares da Canal Productions para gastos pessoais, nomeadamente em restaurantes e viagens de táxi, além de utilizar o horário de trabalho para ver obsessivamente séries na televisão — e referia mesmo uma ocasião, em Janeiro, em que teria visto 55 episódios da série Friends em quatro dias.

Na resposta, os advogados da ex-funcionária argumentam que essas acusações foram devastadoras para a sua cliente: “Agora, quando o nome dela é googlado, essas alegações surgem logo no ecrã. A sua reputação e a sua carreira ficaram destruídas”.

Até ao momento, a única reacção conhecida do actor de O Caçador é a que foi comunicada pelo seu representante: As alegações feitas por Graham Chase Robinson contra Robert De Niro estão para além do absurdo”.

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