Equador declara estado de emergência perante protestos contra preço dos combustíveis

Estradas bloqueadas, transportes suspensos e escolas fechadas. Equatorianos protestam contra fim de subsídios e aumento do preço dos combustíveis.

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Os protestos na capital do Equador contra o aumento do preço dos combustíveis DANIEL TAPIA/Reuters
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Manifestantes queimam pneus e bloqueiam estradas em protestos no Equador Jose Jacome/LUSA
Os protestos na capital do Equador contra o aumento do preço dos combustíveis
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Os protestos na capital do Equador contra o aumento do preço dos combustíveis Jose Jacome/LUSA
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O Presidente do Equador declarou esta quinta-feira o estado de emergência, depois de o país ter ficado praticamente parado devido aos protestos contra o aumento do preço dos combustíveis recentemente decretado pelo Governo.

Além de estradas e ruas terem sido bloqueadas em várias cidades, os transportes públicos e os estabelecimentos de ensino foram suspensos desde a meia-noite de quarta-feira.

Com a declaração do estado de emergência, o Presidente do Equador, Lenín Moreno, tenta assim restabelecer a ordem, garantir “a segurança dos cidadãos” e “controlar aqueles que pretendem causar o caos”, explica o chefe de Estado numa publicação divulgada no Twitter. “Não vamos ceder a chantagens e agiremos de acordo com a lei”, sublinha.

“As pessoas pensam que eu não tomo decisões, mas eu tomo”, afirmou Lenín Moreno, em conferência de imprensa, citado pelo El País.

Durante a manhã desta quinta-feira, os protestos subiram de tom, com manifestantes a queimarem pneus e a bloquearem várias estradas, ao passo que na capital Quito se registou um reforço da presença policial. Segundo o El País, foram ainda mobilizados militares para o Palácio de Carondelet, sede do Governo do Equador.

De acordo com a ministra do Interior, Maria Romo, citada pela Reuters, já foram detidas 19 pessoas desde o início dos protestos.

A vaga de contestação iniciou-se com uma greve por tempo indeterminado, convocada por várias transportadoras, contra a eliminação dos subsídios aos combustíveis (diesel e gasolina) e o aumento do preço dos mesmos, medidas anunciadas na terça-feira pelo Governo com o objectivo de reduzir o défice orçamental.

“Espero que o Presidente tome a decisão certa. Sei que esta paralisação vai prejudicar o povo equatoriano, mas exigimos os nossos direitos”, anunciou Abel Gómez, presidente da Federação Nacional de Cooperativas de Transporte Público de Passageiros (Fenacotip).

O ministro da Economia, Richard Martinez, afirmou na quarta-feira que o Governo do Equador espera poupar cerca de 1,5 mil milhões de dólares por ano com a eliminação dos subsídios aos combustíveis.

“A decisão tomada pelo Governo é fundamental para o presente e o futuro do Equador e vamos defendê-la”, garantiu, na quarta-feira à noite, a Presidência do Equador em comunicado oficial. “Se necessário, invocaremos as normas constitucionais e legais que proíbem a paralisação dos serviços públicos”, sublinha a nota.

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