TPC para o dia de reflexão (e outra vez a ADSE!)

É sabido que em Portugal os partidos têm poder absoluto sobre a composição das listas e, portanto, do Parlamento. Ainda assim, sobra-nos um resquício de livre arbítrio.

1. Na véspera do dia em que entraremos em introspeção forçada, deixo aqui uma sugestão de reflexão. As eleições de domingo são legislativas; ou seja: elegem deputadas e deputados, e não um chefe de governo. Felizmente, 2015 mostrou-nos que o partido mais votado não tem de ser o que forma governo. Há muitos países em que os eleitores têm alguma influência nos deputados que elegem, através das chamadas “listas abertas”. Os partidos compõem as listas, mas os eleitores podem dar votos de preferência aos candidatos individuais, o que pode levar à eleição de um deputado que, à partida, é colocado pelo partido em lugar não elegível. É sabido que em Portugal os partidos têm poder absoluto sobre a composição das listas e, portanto, do Parlamento. Ainda assim, sobra-nos um resquício de livre arbítrio. Durante o dia de amanhã, reflita nesta ideia: a não ser que no seu círculo eleitoral o partido em que está a pensar votar esteja na margem entre nenhum e um deputado, o seu voto não vai contar para eleger a ou o cabeça de lista. Utilizando os resultados das sondagens, das últimas eleições e algum espírito crítico, procure perceber para que lugar da lista é que o seu voto vai contar. Se for uma pessoa desconhecida ou muito diferente, em qualidade de intervenção ou ideias, da cabeça de lista, pense duas vezes. Talvez haja, na lista do lado, um outro indivíduo mais merecedor do seu voto.

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