No concelho mais jovem do país, há quem não saiba que vai haver eleições

A Ribeira Grande tem o menor índice de envelhecimento do país (36,8%) e nas últimas legislativas teve a segunda maior taxa de abstenção com 64%. Chico, Marco, Simone e Márcia, jovens ribeira-grandenses, não vão votar, nem se interessam por política. Mas têm todos queixas a fazer.

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Domingo de manhã, Ribeira Grande, costa norte da ilha de São Miguel, Açores. Na praça central da cidade toma forma uma festa espontânea. Chico Furtado, de 19 anos e boné virado para trás, é o principal animador. “Nós gostámos de uma boa festa”, diz, de acordeão entre os braços, tocando e improvisando umas cantigas em rima. Alguns que por ali estão respondem no mesmo registo. Outros dançam ao som das cantorias, perante o olhar curioso dos turistas que passam. O tempo não está favorável e Chico decidiu vir tocar para a rua, como às vezes faz quando não vai para o mar. É pescador desde os 17 anos e vive no concelho mais jovem do país. “Era preciso ajudar a minha mãe”, explica – e por isso abandonou a escola.

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