Banir a carne de vaca do prato faz sentido? O importante é “reduzir”, respondem especialistas

A carne de vaca surge como o bicho papão da nossa alimentação, porque a sua produção gasta mais água e energia do que as outras carnes. Mas banir o seu consumo terá um efeito zero na redução da pegada ecológica, se, por exemplo, for para substituir a carne por soja importada da América Latina.

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A agro-pecuária é uma das fontes de desgaste dos recursos do planeta Daniel Rocha (arquivo)

Eliminar o consumo de carne de vaca tem benefícios garantidos em termos de impacto ambiental? Talvez, desde que aquela fonte proteica não seja substituída por alimentos com uma pegada ecológica ainda mais pesada como, por exemplo, soja importada da América Latina, avisam especialistas. No pico da celeuma criada depois de o reitor da Universidade da Coimbra, Amílcar Falcão, ter anunciado que a carne de vaca será banida nas 14 cantinas daquela universidade, com o declarado desígnio de “diminuir aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção animal”, um ambientalista, dois nutricionistas e um geofísico ouvidos pelo PÚBLICO aplaudem as intenções. Mas alertam que o seu efeito prático poderá ser nulo, caso não sejam adoptadas outras medidas capazes de garantir a diminuição da factura ambiental.

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