Músicos e DJ juntam-se no sábado em Lisboa para angariar fundos para a Amazónia

A receita da sessão Uma Dança pela Amazóniaz será doada à Earth Alliance, organização não-governamental co-presidida por Leonardo DiCaprio.

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Em Julho, a desflorestação da Amazónia tinha aumentado 278% em relação ao ano anterior BRUNO KELLY/REUTERS

Vários músicos e DJ juntam-se no sábado, em Lisboa, na iniciativa Uma Dança Pela Amazónia, cuja receita de bilheteira será doada à Organização Não Governamental (ONG) Earth Alliance.

“Sentimo-nos todos impotentes e inúteis perante a ganância dos que estão a deixar a Amazónia arder dia após dia e decidimos lutar com uma das armas que nos é mais familiar: A Dança. Este sábado convocamos todos para uma dança da chuva, Uma Dança Pela Amazónia”, lê-se na página do evento na rede social Facebook.

A iniciativa está marcada para as 17h de sábado no Anjos70 e à entrada “será cobrado um contributo mínimo de três euros”.

A organização explica que “o total será doado ao fundo de emergência Earth Alliance, ONG co-presidida por Leonardo DiCaprio que está a trabalhar directamente com as associações Floresta Protegida (Kayapo), Coordenação das Organizações Indígenas Brasileiras da Amazónia (COIBA), Fundação Amazônia Sustentável, Instituto Kabu (Kayapo), Instituto Raoni (Kayapo), Instituto Socioambiental (ISA), National Institute for Amazonian Research (INPA) e Observatório do Clima”.

“Todo o processo será devidamente documentado e acompanhado por nós em conjunto com todos os que decidirem doar a esta causa”, garante a organização.

A lista de músicos, que vão actuar “pro bono”, inclui Benjamim, Bruno Pernadas, Da Chick, Hélio Morais, DJ Quesadilla, Rui Maia, Sophie e Sauvage, entre outros.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.

Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, do Peru, da Colômbia, da Venezuela, do Equador, da Bolívia, da Guiana, do Suriname e da Guiana Francesa (território ultramarino sob administração francesa).

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em Julho, em relação ao mesmo mês de 2018.

O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de Agosto, sendo a Amazónia a região mais afectada.

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