Bombeiros do Marco de Canaveses com ambulâncias paradas à espera de alvará do INEM

“Estas duas ambulâncias que queremos substituir a todo o momento caem de velhinhas e eu não posso ir com elas para a rua”, salientou o presidente da corporação de bombeiros do Marco de Canaveses.

Foto
Imagem de arquivo Sergio Azenha

Os Bombeiros Voluntários do Marco de Canaveses têm, duas ambulâncias de emergência “paradas” há cerca de um mês à espera do Documento Único Automóvel (DUA) e do alvará do INEM, revelou esta sexta-feira o presidente da corporação.

“Temos duas ambulâncias novas paradas no nosso parque, são ambulâncias de socorro que vêm substituir outras duas ambulâncias que temos, uma com 15 e outra com 17 anos”, afirmou, em declarações à Lusa, Mário Fernando Nazário.

Segundo o presidente da corporação de bombeiros do Marco de Canaveses, é “inaceitável” que as duas viaturas de emergência permaneçam paradas há um mês por falta do Documento Único Automóvel e da inspecção do INEM.

“Estas duas ambulâncias que queremos substituir a todo o momento caem de velhinhas e eu não posso ir com elas para a rua”, salientou, adiantando que em horas de muito trabalho corre o “risco de não ter ambulâncias para fazer o socorro”.

Actualmente, a frota da corporação do Marco de Canaveses conta com sete ambulâncias de emergência, entre as quais algumas com três e quatro anos, e uma viatura do INEM com 10 anos e cerca de 600 mil quilómetros.

“Alguma coisa tem de mudar, é inaceitável ter aqui duas ambulâncias novas que não podem circular. Porque é que o INEM não faz uma vistoria condicionada?”, questionou.

Contactado pela Lusa, o presidente da Federação de Bombeiros do distrito do Porto, José Miranda, afirmou que esta é uma situação “recorrente no distrito”, adiantando que em média as viaturas demoram “dois a três meses a ficarem aptas” para circular e, consequentemente, operar em emergências.

“Estes são investimentos que nós fazemos com grande ginástica e às vezes com a contribuição directa das populações, das quotas dos sócios, portanto, isto é terrível”, frisou.

De acordo com José Miranda, as 45 corporações de bombeiros do distrito do Porto têm actualmente 40 protocolos com o INEM e 180 viaturas de emergência equipadas, meios de socorro que considera serem a “sorte das populações do distrito”.

À Lusa, fonte do INEM garantiu que, em média, a vistoria dos veículos de emergência adquiridos pelas corporações de bombeiros é feita entre “uma a duas semanas”, remetendo a “responsabilidade” da demora do processo para o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).

Até ao momento, a Lusa ainda não obteve nenhuma resposta do IMT sobre o processo de licenciamento e validação dos veículos de emergência.

Sugerir correcção
Comentar