EUA adiam aplicação de parte das novas taxas sobre a China

Casa Branca tenta limitar danos para empresas e consumidores norte-americanos, dando-lhes mais tempo para se adaptarem aos preços mais altos nos produtos vindos da China.

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LUSA/JIM LO SCALZO

Numa resposta ao avolumar de queixas por parte das empresas norte-americanas que dependem das importações chinesas para manterem os seus negócios, a Casa Branca anunciou esta terça-feira que irá adiar, de 1 de Setembro para 15 de Dezembro, a aplicação de taxas alfandegárias mais elevadas em alguns produtos provenientes da China.

No mês passado, através de uma mensagem na conta do Twitter do presidente norte-americano, os EUA tinham dado conta da sua intenção de, a partir de 1 de Setembro, passar a aplicar uma taxa de 10% sobre as importações de mais 300 mil milhões de dólares de bens produzidos na China.

No entanto, as dificuldades que diversas empresas importadoras norte-americanas estão a revelar para se adaptarem rapidamente a esse agravamento das taxas, colocando mesmo em causa o lançamento no mercado de diversos produtos populares do regresso das férias de Verão, convenceram a Administração Trump a adiar em três meses e meio a aplicação dessa medida para alguns produtos.

Em causa estão, de acordo com um comunicado do departamento do comércio, bens como monitores de computador, telemóveis, consolas de vídeo-jogos, brinquedos, vestuário e calçado.

As notícias deste adiamento foram o suficiente para gerar uma reacção positiva dos principais índices bolsistas nos EUA, com subidas significativas no valor das acções das grandes empresas de retalho e tecnológicas.

Nas últimas semanas, os mercados financeiros internacionais têm vindo a registar perdas significativas à medida que se acentuou o receio de um impacto muito negativo na economia da escalada do conflito comercial entre os EUA e a China.

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