Famílias saem à rua em Hong Kong para protestar contra o governo

Novo fim de semana de manifestações no território. Desta fez, famílias saíram à rua, num protesto autorizado. O aeroporto é palco de outra.

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Famílias com crianças protagonizaram um dos protestos deste fim-de-semana em Hong Kong TYRONE SIU/Reuters
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Hong Kong continua a ser palco de várias manifestações contra a lei que permite a extradição de suspeitos de crimes para a China continental. Os protestos estão a desdobrar-se e este fim-de-semana começou com uma manifestação de famílias, que levaram carrinhos de bebé e crianças para a rua, e outro de pequenos grupos de idosos, ambos pacíficos, perto do centro financeiro.

Um protesto que começara no aeroporto entrou no segundo dia, embora sem afectar as partidas e chegadas de voos.

Os protestos começaram em Junho, com a intenção do Governo aprovar uma lei que permitiria extradição para a China continental – os cidadãos de Hong Kong temem vir a ser vítimas de um sistema judicial menos independente. Hong Kong foi transferido da administração britânica para Pequim em 1997, sob o princípio “um país, dois sistemas”. O território tem as suas próprias leis e liberdades, como a de manifestação. 

Os protestos foram-se alargando, apesar da promessa de suspensão da lei: pedem o seu fim definitivo e não apenas a sua suspensão; a demissão da chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, a libertação imediata de todos os detidos nas manifestações; e a adopção do sufrágio universal e directo para a escolha do próximo chefe do executivo. 

Foram sendo, também, marcados por mais violência, tanto da polícia em relação aos manifestantes, como dos manifestantes em relação à polícia, e até com intervenção do que se suspeita terem sido máfias chinesas (tríades).

A chefe do executivo de Hong Kong culpou os manifestantes pela situação, chamando-lhes “amotinados” e dizendo que estão a pôr a economia da região em risco, assim como o princípio “um país, dois sistemas”, dando a entender que poderia ser possível uma intervenção chinesa.

Este já é considerado um dos principais desafios dos últimos anos para a liderança de Xi Jinping. Atá agora, Pequim afirmou o seu apoio total a Carrie Lam e às forças de segurança de Hong Kong. 

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