Quinta da Boeira abre hotel de luxo no coração de Gaia

O Boeira Garden Hotel, no centro histórico de Vila Nova de Gaia, é a quinta e última fase de um projecto que foi iniciado em 1999. A Quinta da Boeira abre este Verão o hotel de luxo: um investimento de 38 milhões de euros.

Parque São Roque
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As portas abrem-se e pode ver-se um jardim com árvores centenárias, que ocupam cerca de três hectares. O caminho para o hotel faz-se num cenário idílico com uma grande diversidade de espécies, que faz lembrar um oásis no coração da cidade de Vila Nova de Gaia. Situado na Quinta da Boeira, o hotel de luxo apresenta-se como uma fusão entre o clássico e o moderno, uma vez que o palacete, construído nos inícios do século XX e classificado como património da cidade, permite que exista uma harmonia entre o legado histórico e a envolvente natural dos jardins.

A construção desta unidade hoteleira em nove dos 27 mil metros quadrados da Quinta da Boeira, cujas origens remontam ao ano de 1850, é a última de cinco fases do projecto de reabilitação deste espaço, num investimento global de 38 milhões de euros. O hotel, com inauguração marcada para finais de Agosto, ou inícios de Setembro, tem 119 quartos e cinco suítes, uma delas com 180 metros quadrados.

As obras arrancaram em Setembro de 2017 e estão praticamente concluídas, embora ainda estejam a ser finalizadas algumas intervenções no edifício, como a decoração da sala de jantar ou a instalação de cortinados. Com bar, restaurante, piscina interior, spa, sauna, ginásio, um rooftop para eventos e uma enoteca (esta é uma empresa muito ligada aos vinhos do Porto), o Boeira Garden Hotel ainda não tem preços de estadia definidos, mas segundo um dos administradores, Carlos Ribeiro, não será muito diferente dos espaços hoteleiros presentes na cidade. Para já, a unidade, que quer funcionar também como uma galeria de arte, já criou 60 postos de trabalho, mas os administradores acreditam que, no próximo ano, possa aumentar para 80.

O Boeira Garden pretende ser um eco hotel, tendo em conta o cuidado na conservação da natureza, as características da maquinaria e a utilização de energias alternativas. Além disso, obteve a classificação energética A+, pelo uso de painéis solares fotovoltaicos que irão permitir usar energia solar durante o dia e pelo facto de a maquinaria e iluminação ser de tecnologia led A+. O edifício dispõe também de água freática que irá permitir a sua utilização em instalações sanitárias e rega dos jardins, gerando uma economia de, aproximadamente, dois milhões de litros de água municipal.

Albino Sousa, um dos administradores da empresa, disse que “o público-alvo do hotel é o mercado escandinavo, concretamente equipas de desporto que necessitem de um espaço diferenciado para estágios”. Para já, o Boeira Garden ainda não se encontra na rota da comercialização, mas o responsável crê que poderá alcançar facilmente uma alta taxa de ocupação.

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"A" garrafa DR

Quando os administradores adquiriram o espaço, em 1999, decidiram transformá-lo “numa sala de visitas, num espaço de sustentabilidade”. Começaram pela reabilitação e transformação das cavalariças e estufas em salão polivalente e auditório. Seguiu-se a recuperação de um palacete “que se encontrava em avançado estado de deterioração”, segundo Carlos Ribeiro. Veio depois a construção da maior garrafa do mundo, com 32 metros de diâmetro, com salas de provas de vinho para promover a cultura, gastronomia e produtos locais. O hotel, que agora visa ser uma ligação entre o mundo do enoturismo e da cultura, integrando obras de artistas de vários países, “é a última de cinco fases do projecto de reabilitação deste espaço”.

Nesta nova unidade, com obras comparticipadas em 60% por fundos comunitários, os hóspedes vão ainda contactar com a produção vinícola, além de diversas formas de arte e cultura. Johan Israelsson, director geral do hotel, mudou-se da Suécia para Portugal há dois meses, e considera que “este hotel é algo único, um projecto muito interessante”. Questionado sobre qual pode ser a chave para o sucesso, o director não hesitou: “só criando a melhor equipa possível se podem obter os melhores resultados”.

Já Carlos Ribeiro crê que “o grande traço comum à obra é o envolvimento do hotel”. “É diferente de tudo o que existe no Grande Porto”, explicou, acrescentando que o facto de o hotel se inserir numa quinta, “onde não passam carros” acaba por ser um grande bónus. Em matéria de decoração, como nos resumiu Maria João Pereira, decoradora do hotel tentou aliar-s eum “design clássico a um design mais moderno”. “Temos uma casa icónica”, rematou.

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