Batalha campal com gás lacrimogéneo no centro de Hong Kong

Manifestantes tentam alcançar edifício do gabinete de ligação com Pequim, que é protegido com fortes medidas de segurança pela polícia. É o terceiro dia consecutivo de protestos.

Protesto
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Guardas-chuvas, capacetes, máscaras, impermeáveis - armas indispensáveis para as manifestações de Hong Kong Edgar Su/REUTERS
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A polícia antimotim de Hong Kong está a usar gás lacrimogéneo em abundância e balas de borracha para controlar os manifestantes que este domingo tentam alcançar o edifício do gabinete de ligação com Pequim, no centro da cidade.

Os manifestantes ocuparam estradas e ruas, levantaram barricadas e obrigaram lojas a encerrar. A polícia disparou pelo menos dez vezes seguidas granadas de gás lacrimogéneo, relata o Guardian. É o terceiro dia consecutivo de protestos - na sexta-feira, houve uma ocupação do hall de chegada do aeroporto de Hong Kong pelo movimento pró-democracia e no sábado 300 mil pessoas saíram de novo à rua.

Os protestos dos últimos dois meses foram desencadeados pela proposta de uma lei que permitiria extraditar para a China continental suspeitos de crimes para serem lá julgados – algo que hoje não é possível. Mas apesar de a lei ter sido retirada, os protestos não pararam e tornaram-se mais violentos. A agressão que grupos de manifestantes sofreram há uma semana por grupos de mafiosos chineses, sem que a polícia fizesse nada, aumentou uma raiva que já se fazia sentir entre os jovens do movimento pró-democracia.

Este é o terceiro dia consecutivo de protestos esta semana. Centenas de agentes da polícia antimotim protegem o gabinete do representante da China, que foi vandalizado no domingo passado – um acto que terá estado na origem do aviso de Pequim de que a guarnição militar de Hong Kong poderá ser accionada para manter a ordem, se a chefe do governo local, Carrie Lam, der a ordem.

Ouvem-se slogans contra a polícia e apelos à unidade: “parem com a violência” e “levantámo-nos unidos, lutamos unidos”, relata a Reuters. Os manifestantes dizem que as tácticas da polícia se estão a tornar mais agressivas, que disparam contra eles cada vez mais frequentemente. Mas também os manifestantes estão mais organizados – muitos deixaram de surgir com o rosto descoberto para não serem facilmente identificados, por exemplo. E surgiram grupos de t-shirt preta e capacete, armados com bastões e escudos rudimentares de madeira.

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