Telemóvel dobrável da Samsung chega às lojas em Setembro

O lançamento dos primeiros telemóveis dobráveis da Samsung foi cancelado em Maio, depois de problemas com os ecrãs.

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O investimento em novos formatos de telemóveis pode reacender o interesse dos consumidores. O mercado tem caído nos últimos anos SAMSUNG ELECTRONICS CO HANDOUT
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Reuters/Stephen Nellis

A Samsung garante que corrigiu os problemas dos seus telemóveis com ecrãs dobráveis, os Galaxy Fold, e que depois de um atraso de quatro meses, os aparelhos devem chegar às lojas em Setembro. O modelo Galaxy Fold, revelado a 20 de Fevereiro, foi o primeiro telemóvel com um ecrã capaz de se dobrar a ser apresentado no mercado, mas em Abril a empresa sul-coreana foi obrigada a cancelar o lançamento depois de análises de jornalistas convidados a testar os telemóveis mostrarem que os ecrãs não cumpriam a promessa. Em vez de se desdobrarem para revelar ecrãs maiores os Galaxy Fold partiam, deixavam de funcionar, ou desenvolviam pequenas elevações. 

Desde então, a rival Huawei, que apresentou dias depois da Samsung a sua própria versão de um telemóvel dobrável, o Mate X, também adiou o lançamento. Na altura, a empresa chinesa justificou a decisão como uma oportunidade para “testar melhor a tecnologia”. Agora, as versões melhoradas do Mate X e do Galaxy Fold estão ambas previstas para Setembro.

Numa conferência de imprensa em Seoul no começo de Junho, o presidente executivo da Samsung, DJ Koh, admitiu que a situação foi “embaraçosa” e que a empresa tinha empurrado o produto “antes de estar pronto”. A situação lembra os problemas com o Galaxy Note 7, em 2016, que teve de ser descontinuado poucos meses após o lançamento devido a problemas com as baterias que apresentavam defeitos de fabrico e falhas no desenho que causaram curto-circuitos. Desta vez, porém, os problemas foram detectados antes do lançamento oficial.

Num comunicado publicado esta quinta-feira, a equipa Samsung explica que os novos Galaxy Fold vêm com “melhorias” para proteger o ecrã e que os novos aparelhos passaram por “testes vigorosos” para garantir o seu funcionamento. Por exemplo, a camada protectora do ecrã (que muitos jornalistas removeram por pensarem ser uma película dispensável), passa a estar presa na moldura do telemóvel, como uma parte integral do produto. Foram também acrescentadas novas camadas de metal, por baixo do ecrã dobrável, para reforçar a protecção do mesmo. Apesar das alterações, a marca confirma que o preço continuará a rondar os dois mil euros. 

Por 1980 dólares, o Fold vem com seis câmaras – três na traseira, duas na lateral e uma na parte de trás – para captar imagens de qualquer ângulo. Fechado, o aparelho assemelha-se a dois smartphones sobrepostos. Ao abri-lo, como um livro, o utilizador pode utilizar o ecrã maior para trabalhar em três aplicações em simultâneo. Por exemplo, ver um vídeo, pesquisar na Internet e enviar mensagens ao mesmo tempo.

O investimento em novos formatos de telemóveis pode reacender o interesse dos consumidores, que procuram ecrãs cada vez maiores. De acordo com dados da IDC, o mercado de smartphones tem estado a encolher nos últimos anos. No primeiro trimestre de 2019, por exemplo, o número de aparelhos vendidos caiu 6,6% face ao período homólogo (foram enviadas cerca de 310 milhões de unidades de aparelhos para retalho, em vez de 332 milhões unidades).

Ainda não se sabe quais vão ser os primeiros países que vão receber o Galaxy Fold nem a data exacta do lançamento. A actualização sobre o estado do Galaxy Fold chega semanas antes do lançamento dos novos topos de gama da Samsung, os Galaxy Note 10 e Note 10 Pro.

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