Rio sobre Centeno no FMI: “No que eu puder fazer, tem o meu apoio”

Em entrevista à rádio Observador, o líder do PSD deixa ataques à maçonaria e diz que há professores “a mais”. E admite sair da liderança se derrota for muito grande em Outubro

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LUSA/ESTELA SILVA

“Se Mário Centeno tiver reais possibilidades” de chegar a director-geral do FMI, o líder do PSD, Rui Rio, dá-lhe todo o seu apoio. “Salvo situações absolutamente extraordinárias, a regra é que eu apoio qualquer português que tenha condições para ocupar um cargo internacional de relevo e aqui encaixa perfeitamente nisso”, afirmou Rio, em entrevista à Rádio Observador. “Com certeza terá o meu apoio, que vale o que vale. No que eu puder fazer, tem o meu apoio”, explicou.

Se houve apoio a Centeno, houve também ataques. Um foi dirigido à maçonaria. Rio reconheceu que “algumas pessoas da maçonaria” o “tomaram por adversário”. “Não gosto de sociedades secretas. Causam-me sempre alguma aflição. Numa ditadura, ainda aceito que haja necessidade de trabalhar na clandestinidade”, explicou, acrescentando que a maçonaria é usada para os maçons se “defenderem uns aos outros e fazer negócios”.

O líder do PSD fugiu ainda às questões sobre o afastamento de críticos das listas de candidatos a deputados e admitiu ainda demitir-se caso a derrota do partido seja muito grande nas próximas legislativas: “Fui eleito para uma tarefa por dois anos. Vou cumprir isso. Agora se o impacto de Outubro for de tal ordem, avalio nessa altura a situação.”

Durante a entrevista, Rio justificou a inversão de posição do PSD nas 35h na função pública (começou por ser contra). “Estar a desfazer é uma confusão de todo o tamanho. (...) Vamos tentar equilibrar a qualidade dos serviços públicos para não andar permanentemente em mudança: vem um e muda, vem outro e muda...”, disse.

Sobre uma eventual redução de funcionários públicos, o presidente do PSD defende que é necessário “redimensionar e rearrumar” os funcionários, considerando, por exemplo, que, “infelizmente, há professores a mais”.

Sobre os recentes incêndios e a polémica que envolveu o Governo e um autarca do PSD, o de Mação, deixou críticas ao executivo. “Não vi com bons olhos o Governo a sacudir a água do capote”, disse, vincando que António Costa não se “coibiu de criticar os autarcas com as matas e florestas ainda a arder”.

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