EUA avisam Maduro que tem um “prazo curto” para abandonar o poder

Responsável da Casa Branca para a América Latina garante que o Presidente venezuelano está informado de que deve abandonar o cargo. Se não o fizer, Washington aplicará medidas mais rígidas.

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Reuters/MANAURE QUINTERO

Os Estados Unidos disseram na terça-feira que comunicaram ao círculo próximo de Nicolás Maduro que tem um “prazo curto” para abandonar a Presidência da Venezuela, caso não queira enfrentar a justiça internacional e novas sanções de Washington.

“Chegou o momento de os Estados Unidos e os países do Grupo de Lima oferecerem uma saída [a Maduro] num tempo definido. Se não o fizer, as medidas vão endurecer muito, muito mais”, afirmou Mauricio Claver-Carone, responsável na Casa Branca pela América Latina, em declarações à agência noticiosa EFE. “Esse prazo é imediato e já o comunicámos indirectamente [a Maduro], através de pessoas em quem ele confia. É importante que os países do Grupo de Lima façam o mesmo”, acrescentou o assessor do Presidente norte-americano Donald Trump.

O Grupo de Lima, formado em 2017 e que integra 12 países latino-americanos e o Canadá, apelaram à comunidade internacional para fazer “um grande esforço” com o objectivo de organizar eleições na Venezuela, cuja crise ameaça “a segurança” do planeta.

“A situação que atravessa a Venezuela ameaça a paz e a segurança regional e compromete igualmente a segurança internacional”, disse o chefe da diplomacia argentina, Jorge Faurie, no início de uma reunião de dois dias em Buenos Aires. “É necessário um grande esforço para restabelecer a ordem democrática na Venezuela através da convocação de eleições”, acrescentou.

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