Falso advogado e falso inspector do SEF acusados de crimes de burla e falsificação

“Os arguidos engendraram um plano tendo em vista ludibriar os cidadãos estrangeiros que se encontravam em situação irregular em território nacional”, diz a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

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Um dos arguidos fazia-se passar por inspector do SEF Rui Gaudêncio

O Ministério Público acusou dois arguidos que se fizeram passar por advogado e inspector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) pela prática de crimes de burla qualificada e falsificação de documento, foi nesta sexta-feira anunciado.

“No essencial está indiciado que, durante o ano de 2017, os arguidos engendraram um plano tendo em vista ludibriar os cidadãos estrangeiros que se encontravam em situação irregular em território nacional e pretendiam efectuar um pedido de concessão/renovação de título de residência ao abrigo da Lei de Estrangeiros, aproveitando o facto de tal pedido demorar vários meses face aos milhares de requerimentos efectuados e à necessidade de análise das manifestações de interesse efectuadas”, refere uma nota da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) divulgada no seu site.

Segundo a PGDL, “um dos arguidos fez-se passar por advogado e o outro por inspector do SEF, criando a aparência e a credibilidade das suas actividades e ludibriando os cidadãos estrangeiros que os procuravam, dizendo que lhe tratariam do processo junto do SEF”.

Dessa forma, obtiveram “benefício patrimonial ilegítimo e, assim, causando prejuízo aos ofendidos”, acrescenta a PGDL. Os arguidos encontram-se sujeitos à medida de coacção de termo de identidade e residência

O inquérito foi dirigido pelo Ministério Público na 5.ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa/Sede, com a coadjuvação do SEF. O Ministério Público pediu o julgamento dos arguidos por um tribunal colectivo.

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