Bruno de Carvalho vê confirmada a sua expulsão de sócio do Sporting

Assembleia Geral votou a favor da expulsão do antigo presidente “leonino”, ratificando a sanção aplicada pelo Conselho Fiscal e Disciplinar do clube.

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Bruno de Carvalho LUSA/RODRIGO ANTUNES
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Rogério Alves, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting LUSA/RODRIGO ANTUNES

Bruno de Carvalho viu este sábado confirmada a sanção disciplinar de expulsão de sócio do Sporting, numa decisão confirmada por 69,30% dos votos (29.414) dos 5190 associados “leoninos” inscritos para a votação do recurso interposto pelo ex-presidente, apresentado a sufrágio em Assembleia Geral Extraordinária realizada no Pavilhão João Rocha. 

Depois da destituição - com 71,36% dos votos na AG de 23 de Junho de 2018 - os sportinguistas renegaram, mais uma vez, o antigo líder do clube de Alvalade, validando o "veredicto” do Conselho Fiscal e Disciplinar, de 1 de Março último, extensivo ao vice-presidente do anterior Conselho Directivo, Alexandre Godinho, que foi igualmente excluído.

Apesar do desfecho anunciado – que terá influenciado a decisão de Bruno de Carvalho de não comparecer na AG –, a expulsão de associado do Sporting não tem carácter irreversível, existindo nos estatutos a possibilidade de recuperar a condição de sócio em caso de aprovação, por maioria de dois terços, em nova Assembleia Geral convocada para o efeito.

A expulsão de Bruno de Carvalho representa, no imediato, o encerrar de um capítulo turbulento da vida do Sporting, impondo oito anos de afastamento, sem, contudo, banir uma figura que poderá tentar ressurgir no contexto das Sociedades Desportivas.

As expectativas de Bruno de Carvalho, plasmadas nas declarações da própria irmã, Alexandra Carvalho - “Está tudo preparado para que Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho sejam expulsos, mas tenho esperança de que possa acontecer um milagre” - não eram elevadas. As críticas dirigidas, na véspera, ao universo sportinguista, que considerou enfermar de inércia, e a contestação ao modo de funcionamento da AG, que reputou de “ilegal” por “falta de supervisão e controlo na contagem dos votos”, afastaram o antigo líder da discussão.

Com cinco dezenas de sócios inscritos para discursar na assembleia, surgiram os inevitáveis focos de tensão entre as facções “anti” e “pró” “brunistas”, motivando episódios de confrontação verbal e distúrbios contidos pela segurança, sem necessidade de suspender a AG, contrariamente ao verificado na assembleia geral anterior, para votação do orçamento. 

Em relação às dúvidas levantadas em torno da numeração dos boletins de voto, o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Rogério Alves, respondeu com a garantia (dada pelos serviços) de não ser possível identificar os sócios, justificando tratar-se de mero e recorrente expediente para evitar a duplicação/falsificação dos boletins.

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