Parlamento rejeita proibição das corridas de galgos

Projectos do PAN e do BE foram chumbados com votos contra do PS, do PSD e do CDS-PP.

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Tiago Lopes

O Parlamento rejeitou esta sexta-feira, 5 de Julho, os dois projectos do PAN e do BE que pretendiam proibir as corridas de cães, especialmente de galgos, em Portugal.

Os diplomas foram rejeitados com votos contra do PS, do PSD e do CDS-PP. A favor votaram, além do PAN e do Bloco de Esquerda, o Partido Os Verdes e 12 deputados, a maioria da bancada socialista. Tanto a legislação proposta pelo Bloco de Esquerda como a proposta pelo Pessoas - Animais - Natureza (PAN) pretendia a proibição das corridas de galgos e outros cães. O PAN previa ainda contra-ordenações para quem não cumprisse.

Ambos os partidos realçaram que as corridas de galgos são uma actividade com treinos violentos, por exemplo, por causa da utilização de coleiras electrificadas com “pequenos” choques (e emissão de um som) infligidos por controlo remoto nos cães que fiquem para trás. Dizem também ser recorrente o recurso ao dopping para melhorar a performance na pista e, por outro lado, os animais sem as características e velocidade consideradas necessárias estão sujeitos ao abandono.

Esta terça-feira, a propósito do afastamento da Cruz Vermelha de uma corrida de galgos que está agendada para 13 de Julho, em Mindelo, Vila do Conde, o presidente da Associação de Galgueiros do Norte dizia ao P3 que não acreditava que as corridas viriam a ser proibidas. E reforçava: “Sempre tivemos a preocupação que os animais que participam nesta corrida fossem bem cuidados e acompanhados pelo veterinário da Câmara Municipal de Vila do Conde. Sempre quisemos que esse aspecto fosse salvaguardado.”

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