PS acusa PSD de ter programa para abrir “buraco negro” de 7,2 mil milhões de euros

Líder social-democrata ter apresentou o cenário macroeconómico que serve de base ao programa eleitoral do PSD.

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João Paulo Correia Nuno Ferreira Santos

O PS acusou hoje o presidente do PSD, Rui Rio, de pretender abrir “um buraco negro” na ordem dos 7,2 mil milhões de euros nas contas públicas nacionais nos próximos anos e exigiu “explicações urgentes” dos sociais-democratas.

Esta posição foi transmitida pelo vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia, momentos depois de o líder social-democrata ter apresentado em conferência de imprensa o cenário macroeconómico que serve de base ao programa eleitoral do PSD.

“O PSD promete abdicar de 3,7 mil milhões de euros de receita de impostos na próxima legislatura e, ao mesmo tempo, promete aumentar a despesa de investimento em 3,5 mil milhões de euros. Ou seja, o PSD promete abdicar de 7,2 mil milhões de euros no Orçamento do Estado”, apontou João Paulo Correia.

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS considerou que, até ao momento, o PSD “não explicou como atinge esses objectivos”.

“Pela voz do presidente do PSD, está aberto um buraco negro em matéria de contas públicas para a próxima legislatura. O PS considera que o PSD tem de esclarecer isto com urgência. Desafiamos o PSD a tentar explicar como é que, na próxima legislatura, tem condições para reduzir a receita de impostos em 3,7 mil milhões de euros, ao mesmo tempo que aumenta a despesa de investimento em 3,5 mil milhões de euros”, insistiu João Paulo Correia.

João Paulo Correia sustentou depois que se está perante “números impressionantes” em termos de um eventual desequilíbrio das contas públicas.

“Sabemos que estamos na altura pré-eleitoral, que é tentador fazerem-se promessas que espantem os olhos e encham os ouvidos dos eleitores, mas tem de haver aqui algum realismo. Na verdade, o PSD tem apresentado um enorme passivo em matéria de previsões, falhando em todas as suas previsões ao longo dos últimos oito anos, quer quando esteve no Governo, quer agora na oposição”, acrescentou.

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