Tomar: tabuleiros a postos, o povo sai à rua

É ano de Festa dos Tabuleiros na cidade templária. A comunidade mobiliza-se, o cortejo sai à rua e cumpre-se a tradição.

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Paulo Ferreira
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Fogos de artifício
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Realiza-se de quatro em quatro anos. Não sendo uma olimpíada, exige preparação, dedicação e muito esforço – e não falamos “apenas” do peso levantado pelas mulheres que carregam à cabeça os ditos tabuleiros em honra do Espírito Santo, que podem chegar aos 15 quilos.

Verticalmente agigantados, enfeitados de flores e pães, com coroas no topo, simbolizam “colunas de uma catedral em movimento, tendo o céu por arco em ogiva”, explica a organização. As origens do formato diluem-se nas da tradição, que remonta ao século XVI. Há quem sugira que a inspiração tenha vindo dos botaréus da Janela do Capítulo do Convento de Cristo.

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Há meses que milhares de pessoas contribuem para o grande dia em que essas mulheres, amparadas pelos seus pares masculinos, vão percorrer as artérias de Tomar​. As flores de papel, por exemplo, são feitas à mão por famílias de todo o concelho, em casa, nas escolas ou nas horas vagas do trabalho. Dos apartamentos urbanos às aldeias e lugares, dos grupos recreativos às associações culturais, das escolas aos lares, há uma mobilização comunitária geral para assegurar que tudo esteja afinado no dia do grande cortejo, em que todas as freguesias do concelho se fazem representar e querem dar o seu melhor. Também as muitas casas surgem adornadas com colchas e flores nas varandas, portas e janelas.

E é assim que centenas de tabuleiros vão sair às ruas no domingo, dia 7 de Julho, 16h. A porta da Mata Nacional dos Sete Montes é o ponto de partida para quatro horas em que percorrerão cinco quilómetros, com passagem obrigatória – e coreografada – pela Praça da República para a bênção.

Atrás deles seguem carros com pão, carne e vinho, puxados por bois. Este bodo benzido será distribuído no dia seguinte, às 10h, e entregue a instituições sociais locais.

Mas a festa começa antes. Quem andar por Tomar a partir de 29 de Junho pode contar com marchas diversas – a dos rapazes (versão “mini” da Festa dos Tabuleiros, com as crianças), a do mordomo, as parciais… –, jogos populares (chinquilho, subida ao mastro, serrar do tronco, corridas de cântaro à cabeça…), exposições, gastronomia, artesanato, arraiais, animação de rua, actuações de ranchos, fogo-de-artifício na margem do Nabão e muita música. Neste campo, o destaque vai para a série de concertos que têm lugar no Estádio Municipal, como nomes como Blaya e Wet Bed Gang (dia 5 de Julho), Os Azeitonas e Quinta do Bill (6), Rui Veloso (7) ou Ana Moura (8).

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