Rio: Aumentos salariais devem depender da economia e não de programas eleitorais

Líder do PSD defende que “os salários devem subir para todos, para o privado e para o público, e isso está dependente da riqueza do país”,

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Rui Rio diverge de António Costa em matéria de aumentos salariais na função pública LUSA/TIAGO PETINGA

O presidente do PSD, Rui Rio, disse esta segunda-feira que os aumentos salariais, tanto no sector público como no privado, devem depender do crescimento da economia e não de um programa eleitoral.

“O aumento dos salários na função pública não deve depender de um programa eleitoral, deve depender do crescimento económico”, afirmou o líder do PSD, em Viana do Castelo, à margem do lançamento do livro “E agora, Portugal? - Tribuna Social”, do ex-deputado Eduardo Teixeira.

No sábado, em entrevista ao Expresso, o secretário-geral do PS, António Costa, antecipou a possibilidade de “haver actualização anual dos vencimentos” e “preencher as inúmeras lacunas de contratação de pessoal na administração pública”, assim como “rever significativamente os níveis remuneratórios dos seus técnicos superiores”.

“Os técnicos superiores têm de ter factores de diferenciação salarial significativa, sob pena de o Estado deixar de ser competitivo na contratação de quadros qualificados para a administração pública”, adiantou António Costa, também primeiro-ministro.

Já o líder do PSD, Rui Rio, defendeu que “os funcionários públicos terão aumentos se Portugal crescer, produzir mais riqueza e estiver capaz de pagar melhores salários a todos os portugueses”.

“Aí sim, obviamente, que vamos pagar melhores salários a todos, mas para isso temos primeiro de conseguir o crescimento económico e a competitividade da economia que este Governo não conseguiu. Não concordo com uma promessa assim, porque os salários devem subir para todos, para o privado e para o público, e isso está dependente da riqueza do país”, declarou.

Questionado se se trata de uma medida eleitoralista do PS, Rio respondeu: “Tenho notado que o PS está no caminho das medidas eleitoralistas. Eu tenho uma visão diferente”.

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