Ex-gestores da Caixa dizem que Constâncio tinha margem para actuar no caso Berardo

Faria Oliveira e Jorge Tomé alinham na ideia de que o ex-governador do Banco de Portugal tinha poderes legais e margem para actuar sobre a operação de crédito de 350 milhões da Caixa, subjacente ao reforço de posição de Berardo no BCP.

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Ricardo Lopes

O ex-governador do Banco de Portugal (BdP) Vítor Constâncio tentou clarificar e justificar, através de declarações este fim-de-semana a vários órgãos de comunicação social, o seu envolvimento, ou não envolvimento, na intervenção de “não oposição” ao pedido de reforço da participação accionista de Berardo no BCP, de 5% a 9,99%. E foram vários os argumentos usados pelo ex-governador, um deles de que não tinha margem para se opor ao pedido da Fundação José Berardo, nem podia ter evitado que esta se fosse financiar junto da CGD, onde já tinha contrato aberto, desde Maio de 2007, e que também não podia ter avisado o banco público para os riscos que assumia. Isto, quando o BdP esteve a analisar a operação entre 18 de Junho e 21 de Agosto de 2007, data em que o conselho de administração do supervisor a validou.

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