As cartas de Leonard Cohen para Marianne foram vendidas por 781 mil euros

Valores do leilão ultrapassaram largamente expectativas de venda. Sino que terá inspirado a letra “There is a crack, a crack in everything” foi a peça mais valiosa.

Foto
Leonard Cohen morreu em 2016 ELOY ALONSO/Reuters

Uma colecção de mais de 50 cartas de amor escritas pelo cantautor canadiano Leonard Cohen à mulher que inspirou o tema So Long, Marianne foi vendida por 781 mil de euros, muitas delas valendo cinco vezes mais do que as estimativas para a venda, anunciou quinta-feira a leiloeira Christie’s.

O arquivo de cartas de Cohen para Marianne Ihlen reflecte o seu romance nos anos 1960 e o desabrochar da carreira de Cohen, passando de uma fase de poeta em dificuldades para o estatuto de músico famoso. A principal carta, na qual Cohen escreveu, em Dezembro de 1960, sobre “estar sozinho com os vários dicionários de línguas”, foi vendida por 50 mil euros, sendo a estimativa original de 8900 euros.

Uma carta de 1964 em que Cohen escreveu “sou famoso mas vazio” foi arrematada por 31,2 mil euros, disse a Christie’s. Cohen e a norueguesa Marianne Ihlen conheceram-se na ilha grega de Hydra em 1960 e ela tornou-se a inspiração para várias das suas canções mais conhecidas, incluindo Bird on a Wire, Hey, That’s No Way to Say Goodbye e a faixa de  1967 So Long, Marianne.

Ihlen morreu em Oslo, em Julho de 2016, de leucemia. Tinha 81 anos. Cohen, que também sofreu de leucemia, morreu em Novembro de 2016 aos 82 anos. 

As cartas foram vendidas pela família de Ihlen. A identidade dos compradores não foi revelada. O lote mais valioso do leilão, que decorreu ao longo de cinco dias, foi um sino de bronze italiano datado dos séculos XV/XVI e que estava na cada de Hydra que o casal partilhou. Foi vendido por 72,3 mil de euros em comparação com uma estimativa pré-venda de 10,6 mil euros. Pensa-se que o sino terá inspirado a letra “There is a crack, a crack in everything” do tema Anthem (1992) de Leonard Cohen. 

Notícia corrigida às 17h31: valor de venda do sino

Sugerir correcção
Comentar