Investigadores vão identificar suspeitos do derrube do MH17

Holandeses e australianos responsabilizam Moscovo. Na próxima quarta-feira, a equipa internacional de investigadores deve revelar os nomes dos acusados pela morte de 298 pessoas.

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Reuters/MAXIM ZMEYEV

A equipa internacional responsável pela investigação do ataque ao voo MH17 da Malaysia Airlines, no Leste da Ucrânia, em Julho de 2014, vai anunciar a abertura de processos-crime contra os suspeitos do derrube do avião, que também serão identificados pela primeira vez.

O avião foi derrubado por um míssil no espaço aéreo ucraniano controlado por separatistas pró-Rússia.

A informação foi avançada por duas emissoras holandesas esta sexta-feira. O aparelho tinha partido de Amesterdão e voava para Kuala Lumpur, na Malásia. Nenhum dos 298 passageiros sobreviveu — a maioria eram cidadãos holandeses.

Os procuradores remeteram para dia 19 de Junho as conclusões da investigação internacional. À Reuters, o porta-voz do Ministério Público holandês recusou adiantar o que será então anunciado às famílias e jornalistas.

A equipa de investigação composta por elementos australianos, belgas, holandeses e ucranianos concluiu para já que o míssil disparado contra o avião pertencia à 53.ª Brigada Antiaérea do exército russo, concentrada em Kursk, a 400 quilómetros da fronteira ucraniana. 

Moscovo recusou cooperar com a investigação, não sendo expectável que o país entregue às autoridades holandesas suspeitos que se encontrem em território russo. Mas os acusados podem ser julgados à revelia.

Os governos da Holanda e da Austrália consideram que a Rússia foi responsável pelo ataque. Moscovo nega qualquer envolvimento, afirmando que não apoia, financeiramente ou com material, os rebeldes pró-Rússia em confronto com forças governamentais ucranianas.  

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