A primeira discoteca do mundo que funciona só com energia renovável já dança

La Feria, no Chile, quer ser o protótipo das discotecas do futuro.

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DR/La Feria

Não é a combinação mais habitual, mas pode ser que faça história – cerveja, música electrónica e sustentabilidade ambiental: os ingredientes para a primeira discoteca do mundo a funcionar totalmente com energias renováveis.

É em Santiago do Chile, no bairro Bellavista, e resulta da bênção (e apoio financeiro) da Budweiser a um dos clubes mais icónicos da cidade (e do mundo: está no top 100 da lista de clubes da DJ Mag, uma bíblia da música electrónica), a La Feria: o BudxLa Feria Renovable quer ser o protótipo das discotecas do futuro.

“Esperamos que esta iniciativa possa inspirar e motivar outros clubes no Chile e que em poucos anos aqueles que funcionam com energia renovável sejam a regra e não a excepção”, afirmou o director da Budweiser no Chile Andrés Chaveyriat no lançamento do projecto.

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Desde 30 de Maio, a La Feria, espaço capaz de albergar 300 pessoas e por onde já passaram grandes do djeeing mundial, como Ricardo Villalobos, Richie Hawtin ou Carl Cox (e, nesse dia em que foi oficialmente, e com pompa e circunstância, “ligado” o interruptor da energia limpa, Damian Lazarus), alimenta-se de 35 painéis fotovoltaicos que produzirão uma média de 1299 kWh de energia. Estes vão cobrir 100 por cento dos consumos e evitar a emissão anual de 6,51 toneladas de CO2 (o equivalente a seis casas).

Ao mesmo tempo, a cerveja servida na La Feria – aliás, diz a marca, toda a cerveja Budweiser que se vende no Chile desde 2018 – é toda produzida com energia renovável. Se por agora vem dos Estados Unidos, até ao final do ano será totalmente produzida no Chile e, claro, com energia limpa.

Esta é uma medida integrada no compromisso mais vasto que a empresa cervejeira estabeleceu: o de que até 2025 toda a sua produção global utilizará apenas energia renovável.

O BudxLa Feria Renovable surge neste contexto como uma espécie de símbolo tangível da sustentabilidade que a marca quer promover. A aliança a uma discoteca é vista como natural pelos responsáveis da marca, que assume a música como um dos seus pilares identitários.

“Estamos felizes e entusiasmados com a oportunidade de levar este compromisso em todas as plataformas onde vive a nossa cerveja e é um orgulho poder combinar ambas as plataformas”, anunciou Andrés Chaveyriat.

No ano passado, a empresa já havia feito uma incursão nesta direcção, no festival Creamfields, também no Chile, onde promoveu um palco com energia limpa; agora propõe desfrutar de música de forma “amiga” do meio ambiente, como uma opção mais no quotidiano de cada consumidor. Até 2025 espera-se que essa “opção” chegue a outras partes do mundo.

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