Fnac vai acabar com sacos plásticos já em Outubro

A partir de Outubro, empresa retalhista vai oferecer apenas sacos de papel, pano e tela após uma venda. Medida visa salvar “mais de mil árvores por ano” e diminuir o consumo de sacos “em 30%”.

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Kelly Sikkema/Unsplash

No Dia Mundial do Ambiente, 5 de Junho, a Fnac anunciou que vai acabar com os sacos de plástico em Portugal. E, a partir de Outubro, irá disponibilizar apenas sacos de papel, pano e tela. Neste período de transição, os sacos de papel a serem distribuídos são decorados por ilustradores nacionais. Em comunicado, a empresa sublinha que, além de querer diminuir a utilização do plástico, tem como objectivo “reduzir o consumo de sacos em 30%, salvando mais de mil árvores por ano”.

Os sacos reutilizáveis agora utilizados pela Fnac tiveram um custo inicial de 50 cêntimos. Mas, pelo facto de a iniciativa ter sido bem recebida, o valor desceu para 20 cêntimos um dia depois do anúncio, informou esta quinta-feira, 6 de Junho, fonte do gabinete de relações públicas da Fnac ao P3. Os sacos de tela começaram a custar um euro e têm agora um valor de 30 cêntimos, acrescenta a mesma fonte.

Na mesma nota, a Fnac diz que está a subsidiar 60% do preço dos sacos reutilizáveis (os sacos de papel estão ao preço de custo) e que por cada unidade vendida, um cêntimo vai reverter para o financiamento de programas culturais promovidos pelo grupo logístico.

A Fnac junta-se a uma série de empresas e serviços que já anunciou medidas para diminuir o uso de plástico. Os supermercados Lidl, que já reduziram a venda de sacos de plástico em 25 milhões de unidades, vão deixar de disponibilizá-los até ao final do ano.

Em Abril último, o Parlamento aprovou um projecto de lei apresentado pelos Verdes que tem como objectivo acabar com sacos de plástico na venda de frutas, pão e legumes. Esta medida provocou uma reacção negativa da indústria do plástico, argumentando que poderão ser utilizados outros “materiais mais danosos para o meio ambiente”

Em Outubro de 2018, o Conselho de Ministros anunciou a proibição de garrafas, sacos e louça de plástico na administração pública. O Governo português também já anunciou que palhinhas e cotonetes, igualmente produzidos à base de plástico, deixarão de ser vendidos nos supermercados até ao segundo semestre de 2020 e não serão mais comercializados em 2021.

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