PSD, BE e PCP de novo juntos contra o Governo para votar carreiras na saúde

Bancadas do BE e PCP admitem votar propostas do PSD para alterar diploma das carreiras de técnicos de diagnóstico.

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Paulo Pimenta

O Parlamento deverá votar nesta quarta-feira, na especialidade, as propostas de alteração a um diploma que fixa os salários dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica – e com uma coligação no horizonte que, salvo um recuo de última hora dos sociais-democratas, deverá juntar de novo PSD, BE e PCP.

Com a votação em cima da mesa, é um novo teste parlamentar depois da crise gerada depois da votação (também na especialidade) da recuperação de tempo de serviço dos professores, que levou o primeiro-ministro a ameaçar demitir-se caso a votação final global fosse a mesma, o que acabou por não acontecer.

Neste caso na saúde vão ser votadas alteração ao diploma que define a transição para as novas categorias e posições remuneratórias da carreira de técnicos de diagnóstico. O partido liderado por Rui Rio fez as suas propostas. E ao Negócios, tanto o Bloco de Esquerda como o PCP revelaram estarem disponíveis para aprovar as propostas de alteração do PSD que permitem valorizar a carreira e aumentar as remunerações.

Ao jornal económico, a deputada comunista Carla Cruz disse que o PCP acompanhará a proposta entregue pelo PSD sobretudo na parte das transições para as categorias. “O mais importante não é o impacto orçamental, é a valorização dos trabalhadores. O reconhecimento da experiencia profissional e das habilitações [adquiridas]”, frisou a deputada ao mesmo jornal.

Também o deputado do BE Moisés Ferreira adiantou qual o sentido de voto na especialidade. “Esperamos que as nossas propostas sejam aprovadas. Votaremos a favor tanto as do PSD como as do PCP no que forem ao encontro do que consideramos necessário”, disse, também ao Negócios.

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