Leonardo Padura: “Nos meus livros não há nenhuma mentira sobre Cuba”

Cuba é a matéria-prima de que se faz a literatura de Leonardo Padura. Aos 64 anos, recupera Mario Conde, o detective, o homem bom a enfrentar o envelhecimento num país mais estratificado e cheio de contradições. A Transparência do Tempo mergulha neste presente com a acção de um policial.

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Manuel Roberto

“Sessenta é uma boa idade. Para continuar vivo ou para morrer”, disse a Mario Conde um indigente a quem dias antes ele dera o seu par de sapatos. O homem grita-lhe da rua, para a espécie de atalaia em que Conde transformou a parte mais alta da casa onde vivia, em Havana, e desde sempre fora da sua família. Era uma felicitação de parabéns, mas ao polícia soou a uma “assombrosa” provocação num momento em que era tomado por uma “sensação angustiante de perda, de desgaste”.

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