Vila Foz Hotel & Spa: O mar com vista para o hotel

Miguel Cardoso assina a obra de arquitectura. Nini Andrade Silva tocou-lhe com a sua varinha de condão. A foz do Porto, ar e mar, deu as boas-vindas a um hotel — que são dois gémeos falsos mais um spa. Lustroso e palaciano. Moderno e extravagante.

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Paulo PImenta

Ainda é possível imaginar a Foz de Ramalho Ortigão, quando este ia de chapéu de palha e de bibe, à tarde, apanhar conchinhas na costa, pela mão da sua avó, no tempo em que a Foz do Porto era “grave, simples, burguesa, recolhida e silenciosa como uma horta em pleno campo”. No princípio da estação, em Agosto, começavam a chegar os banhistas. Vinham as famílias do Douro em magotes, “arrepiadas, olhando para o mar com uma grande sensação de espanto, de pavor e de frio”. Os homens traziam os seus capotes bandados de veludo ou de baeta verde. As senhoras atavam na cabeça três lenços, e punham por cima uma manta. “Estamos bem mudados, ambos — velha amiga!”, exclama o escritor no livro As Praias de Portugal (1876).

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