O rei não morreu, viva Nadal

O tenista espanhol venceu este domingo o seu primeiro torneio em 2019.

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Rafael Nadal Reuters/STRINGER

Chegou mesmo a tempo, ou seja, uma semana antes do início do Torneio de Roland Garros, onde Rafael Nadal já triunfou por 11 vezes, o primeiro título do espanhol em 2019, quebrando o jejum que já durava há nove meses. Depois de não ter ido além das meias-finais no Monte-Carlo Masters, em Barcelona e em Madrid, o “rei da terra batida” conquistou os Internacionais de Itália, derrotando este domingo o rival e actual líder do ranking, Novak Djokovic. E pelo 15.º ano consecutivo, Nadal vai chegar a Roland Garros com, no mínimo, um título conquistado em terra batida.

“Foi um grande encontro em todos os aspectos. Para mim, o mais importante era recuperar o meu nível de ténis e, hoje, consegui”, resumiu o número dois do ranking, após a vitória, por 6-0, 4-6 e 6-1, e conquistar o nono título em Roma, retomando a liderança dos mais titulados em Masters 1000, com 34 troféus.

Nadal chegou à final romana com apenas 13 jogos cedidos, três sets ganhos por 6-0 e a confiança de, na meia-final, vingar a derrota na final de Madrid, diante de Stefanos Tsitsipas; Djokovic, vítima da programação causada pelos atrasos causados pela chuva, o que o levou a encerrar a jornada nos dois últimos dias, salvou dois match-points no quarto-de-final com Juan Martin del Potro e terminou muito tarde o duelo da véspera, com Diego Schwartzman, que ganhou por 6-3, 6-7 (2/7) e 6-3, passando um total de cinco horas e 34 minutos nesses dois confrontos – mais duas horas do que o espanhol.

A maior frescura física e mental de Nadal permitiu-lhe dominar por completo o set inicial – o primeiro na história dos seus 54 duelos (e 142 sets disputados) a terminar por 6-0. Djokovic obteve o seu primeiro break-point no quarto jogo do segundo set, mas o espanhol negou a possibilidade do 3-1. A 3-3, foi o sérvio que teve de anular três break-points consecutivos. E, a 4-4, voltou a anular mais uma oportunidade de break a Nadal, Mas acabaria por ser o espanhol o mais nervoso quando serviu a 4-5, ao ceder, pela primeira vez, o serviço e também o set. Só que Nadal depressa se recompôs e quebrou o adversário a abrir o terceiro set – levando Djokovic a quebrar a raqueta. Um segundo break para 4-1, confirmou a superioridade de Nadal nesta final.

“Estou contente por ter levado o encontro para o terceiro set, tendo em conta como decorreu o primeiro, apesar de ter terminado de maneira semelhante. Respeito sempre a vitória do meu adversário; não quero falar sobre como a programação influenciou o encontro”, frisou Djokovic, que poderá reencontrar Nadal dentro de duas semanas, na final de Roland Garros, torneio no qual figuram como principais favoritos.

Na prova feminina, Karolina Pliskova (7.ª) conquistou o seu maior título em terra batida. Na final do torneio marcado pelas desistências de Naomi Osaka e Serena Williams, a checa venceu a britânica Johanna Konta (42.ª), por 6-3, 6-4. Pliskova chegou a Roma sem muitas expectativas, mas foi ganhando confiança ronda após ronda, eliminado nas meias-finais Kiki Bertens (4.ª), campeã em Madrid na semana anterior.

Este resultado vai permitir a Pliskova surgir como segunda cabeça de série em Roland Garros, cujo qualifying começa nesta segunda-feira. O único representante português é João Domingues (163.º) que tem como primeiro adversário o croata Viktor Galovic (198.º).

Por cá, o Lisboa Belém Open terminou com o triunfo de Roberto Carballes Baena (86.º) – um dos três top-100 que disputaram o challenger da capital. Na final, o espanhol de 26 anos derrotou, por 2-6, 7-6 (7/5) e 6-1, o argentino Facundo Bagnis (144.º), que também tinha sido finalista uma semana antes, no challenger de Braga.

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