Costa diz que para o PS não há eurodeputados a meias

Candidatura socialista às europeias passou a manhã na Madeira, onde as eleições do próximo domingo são antecâmara para as regionais de Setembro.

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LUSA/Gregório Cunha
,Eleição do Parlamento Europeu em Portugal, 2019
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Na Madeira, onde Pedro Marques e António Costa aterraram na manhã deste domingo para um comício, as eleições europeias são um princípio, não um fim. Num ano eleitoral “gordo” para a região autónoma, que depois das europeias do próximo domingo, tem as regionais a 22 de Setembro antes das legislativas de Outubro, o foco do Partido Socialista está no Funchal, não em Bruxelas.

Foi por isso sem surpresa que das cinco intervenções que se ouviram, apenas a de Sara Cerdas, a candidata a eurodeputada indicada pela PS-Madeira (6.ª na lista encabeçada por Pedro Marques), procurou olhar para lá do horizonte da ilha. No resto, o discurso político virou-se para a “mudança” que os socialistas esperam que aconteça nas regionais.

“É a mudança que vamos provar ser possível, quando, no próximo dia 22 de Setembro, os madeirenses e porto-santenses escolherem o Paulo Cafôfo para ser o próximo presidente do governo regional da Madeira”, perspectivou António Costa, depois de referir as mudanças que foram possíveis na República, há três anos e meio, e também nos Açores e nas quatro autarquias que os socialistas lideram na Madeira.

O PS, continuou Costa, provou que a mudança, sendo necessária, faz a diferença. “É por isso que estamos hoje finalmente a crescer acima da média europeia, como não acontecia desde que aderimos ao euro. É por isso que o hoje o desemprego está a baixar de um valor que era superior aos 12% para nos aproximarmos dos 6%”, sustentou o secretário-geral socialista, dizendo que, na Madeira, um voto no PS nas europeias é um voto três em um. Vai dar força à Europa; dar força à Madeira e a Portugal; e dar força à mudança política na região autónoma.

Depois de ter pegado nas palavras de Sara Cerdas, que acusou o governo madeirense de não abrir há quase três anos candidaturas para fundos comunitários, Costa avançou contra Rui Rio. Para o PS, disse, referindo-se à polémica relacionada com o lugar reservado ao candidato indicado pelo PSD-Açores (açorianos recusaram lugar não elegível), não há eurodeputados a meias, nem as regiões autónomas são todas iguais. “A região autónoma dos Açores tem o seu candidato a eurodeputado. A região autónoma da Madeira tem a sua candidata a eurodeputada e os dois vão ser eleitos no próximo domingo”, sublinhou, dizendo que Portugal e a Europa são maiores graças aos Açores e à Madeira.

Também Pedro Marques prometeu que a Europa estará lá para ajudar Paulo Cafôfo a mudar a Madeira. “Estas eleições europeias têm tudo a ver com essa mudança”, disse o cabeça de lista socialista, falando da necessidade de um novo ciclo de desenvolvimento para a região autónoma, a exemplo do que foi feito no resto do país, apesar das “aves agoirentas da direita” terem dito que não era possível.

Antes, Emanuel Câmara, presidente do PS-Madeira, e Paulo Cafôfo, autarca do Funchal que será o candidato do partido à presidência do governo madeirense, repetiram a importância de uma mudança política. Câmara, um antigo árbitro de futebol da I Divisão, foi buscar os cartões ao baú. O amarelo foi para Paulo Rangel, o vermelho para Miguel Albuquerque, presidente do executivo regional e líder do PSD madeirense.

Cafôfo, que pediu o melhor resultado de sempre do PS-Madeira nas europeias, instou os jovens a tomarem uma posição, para que outros não tomem por eles. “Queremos ganhar 2019. Se o PS ganhar 2019, ganham os madeirenses.”

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